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    Senado dos EUA aprova primeira pessoa transgênero para cargo no governo

    Rachel Levine foi confirmada como subsecretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e recebeu voto até de senadoras republicanas

    Rachel Levine foi confirmada como subsecretária o Departamento de Saúde e Serviços Humanos; ela será 1ª pessoa transgênero a ocupar cargo no governo dos EUA
    Rachel Levine foi confirmada como subsecretária o Departamento de Saúde e Serviços Humanos; ela será 1ª pessoa transgênero a ocupar cargo no governo dos EUA Foto: Reuters

    Alex Rogers, da CNN

    O Senado dos Estados Unidos confirmou na quarta-feira (24) o nonme de Rachel Levine como subsecretária de saúde do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, a primeira autoridade federal transgênero a receber esse tipo de confirmação na Casa.

    Levine foi aprovada para o cargo com 52 votos favoráveis e 48 contrários. As senadoras republicanas Susan Collins, do Maine, e Lisa Murkowski, do Alasca, se juntaram a todos os democratas que votaram “Sim”.

    Levine, que é pediatra, atuou anteriormente como secretária de saúde da Pensilvânia e como a principal autoridade de saúde e médica do estado.

    “A confirmação de Rachel Levine representa outro marco importante para a comunidade LGBTQ americana”, disse o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer.

    “Como os transgêneros americanos sofrem taxas mais altas de abuso, falta de moradia e depressão do que quase todos os outros grupos, é importante ter figuras nacionais como a doutora Levine, que, por estar sob os holofotes públicos, ajudará a quebrar as barreiras da ignorância e do medo.”

    Após sua nomeação, Levine disse que estava orgulhosa do trabalho que fez para enfrentar a pandemia de Covid-19 e a epidemia de ópio, combater doenças como o HIV, prevenir doenças por meio da imunização infantil e aumentar a conscientização sobre as questões LGBTQ.

    Ela se formou no Harvard College e na Tulane University School of Medicine, e completou seu treinamento em pediatria e medicina para adolescentes no Mt. Sinai Medical Center, na cidade de Nova York.

    A identidade de gênero de Levine foi assunto durante sua audiência de nomeação, quando o senador Rand Paul do Kentucky começou seu questionamento dizendo: “A mutilação genital foi quase universalmente condenada”. Ele então perguntou: “Doutora Levine, o senhora acredita que os menores são capazes de tomar uma decisão de mudança de vida, como mudar de sexo?”

    A pergunta atraiu críticas dos democratas, que disseram que o senador republicano interpretou erroneamente a cirurgia de confirmação de gênero como mutilação genital.

    “A medicina transgênero é um campo muito complexo e cheio de nuances, com pesquisas robustas e padrões de tratamento desenvolvidos”, Levine respondeu à pergunta do senador. “Se eu tiver a sorte de ser confirmada como subsecretária de saúde, terei prazer em trabalhar com você e em seu escritório, e visitá-lo para discutir os detalhes dos padrões de atendimento para a medicina transgênero.”

    A maioria dos profissionais médicos discorda da comparação de Paul, incluindo Jason Rafferty, que é o autor da declaração de política da Associação Americana de Pediatras sobre os cuidados de saúde para jovens com diversidade de gênero.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS), citada pelo senador de Kentucky, também distingue entre as duas práticas, delineando as melhores práticas para os cuidados de saúde de afirmação de gênero, em 2017, ao mesmo tempo em que se opõe a todas as formas de mutilação genital feminina.

    Chandelis Duster, Ali Zaslav, Clare Foran e Andrew Millman contribuíram para esta reportagem.

    (Texto traduzido; leia o original em inglês)