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    Sem combustível, ajuda humanitária que chegou à Faixa de Gaza é insuficiente, dizem autoridades palestinas

    Ajuda humanitária que chegou corresponde a 3% das necessidades diárias que entrava na região antes da guerra

    Da CNN

    Autoridades palestinas alertaram neste sábado (21) que o volume de ajuda que chegou à Faixa de Gaza “não é suficiente” para aliviar a deterioração da situação humanitária. Água, alimentos e medicamentos foram enviados à região, que não recebeu combustíveis.

    O chefe do Gabinete de Comunicação Social do Governo controlado pelo Hamas, Salama Marouf, disse que o comboio de ajuda “não será capaz de mudar a catástrofe humanitária que a Faixa de Gaza está vivendo”.

    Ele reforçou ainda a importância “de estabelecer um corredor seguro que funcione 24 horas por dia para fornecer as necessidades humanitárias e de serviços que atualmente estão completamente ausentes”.

    Marouf também destacou “a necessidade de abrir permanentemente a passagem de Rafah”, a fim de facilitar a evacuação dos feridos de Gaza.

    Separadamente, o Ministério da Saúde palestino em Gaza disse em um comunicado neste sábado que a ajuda entregue neste sábado “constitui apenas 3% das necessidades diárias de saúde e humanitárias que costumavam entrar na Faixa de Gaza antes da agressão”.

    Combustível não chegou com ajuda humanitária

    Os caminhões que cruzaram a fronteira de Rafah neste sábado para entregar ajuda a Gaza transportavam alimentos, água e medicamentos, mas não tinham combustível.

    Segundo autoridades egípcias, na passagem de Rafah, 13 caminhões transportavam medicamentos e material médico, cinco transportavam alimentos e dois caminhões transportavam água.

    Um porta-voz palestino para a passagem da fronteira afirmou no sábado que os caminhões de ajuda não têm suprimentos “suficientes” para nem mesmo uma escola em Gaza. A CNN não pode verificar esta afirmação.

    O chefe de comunicações do lado palestino da passagem de Rafah, Wael Abu Mohsen, também disse à mídia estatal saudita Al Hadath TV em uma entrevista neste sábado que o combustível não foi entregue, “apesar dos suprimentos de combustível estarem perigosamente baixos em hospitais e escolas em Gaza”.

    O Ministério da Saúde acrescentou que “excluir a entrada de combustível como parte da ajuda humanitária continuará representando uma ameaça às vidas dos pacientes e dos feridos”, com os recursos dos hospitais em Gaza “completamente esgotados”.

    O ministério apelou à comunidade internacional “para que tome medidas imediatas para fornecer combustível e suprimentos urgentes de saúde antes que mais vidas sejam perdidas dentro dos hospitais”, acrescentando que “sete hospitais e 25 unidades de saúde ficaram fora de serviço devido a ataques e esgotamento de combustível”.

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    O chefe da Iniciativa Nacional Palestina e ex-legislador Mustafa Barghouti ecoou o sentimento de Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

    “20 caminhões de ajuda para Gaza não vão mudar muito. Gaza precisa de pelo menos 500 caminhões de combustível, alimentos, medicamentos e água diariamente”, disse Barghouti.

    “A necessidade imediata agora é de 7.000 caminhões de ajuda imediata. É por isso que 20 caminhões não vão mudar muito”, continuou ele.

    Barghouti também disse que “o que precisamos é da abertura da passagem de Rafah, que poderá continuar a fornecer apoio a Gaza”.

    “Precisamos de apoio imediato para reduzir este ato de punição coletiva contra o povo palestino”, acrescentou.

    Veja também: Ataque a hospital deixou ao menos 471 mortos, diz Ministério da Saúde palestino

    Publicado por Flávio Ismerim, com informações de Asmaa Khalil, Lina El Wardani, Chris Liakos, Niamh Kennedy, Abeer Salman, Kareem Khadder, Akanksha Sharma e Chris Liakos, da CNN Internacional

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