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    Seis em cada sete pessoas no mundo não se sentem seguras, aponta ONU

    De acordo com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cerca de 1,2 bilhão de pessoas vivem em áreas afetadas por conflitos

    Lucas Janoneda CNN , no Rio de Janeiro

    Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgado nesta terça-feira (8) aponta que seis em cada sete pessoas no mundo apresentam uma crescente sensação de insegurança, apesar da melhora no cenário epidemiológico global, em comparação com o início da pandemia.

    “Apesar da riqueza global ser maior do que nunca, a maioria das pessoas está apreensiva com o futuro, e esses sentimentos provavelmente foram exacerbados pela pandemia”, afirma Achim Steiner, administrador mundial do PNUD.

    O relatório destaca as ameaças que se tornaram mais proeminentes nos últimos anos: desigualdade social e financeira, conflitos e capacidade dos sistemas de saúde de enfrentar novos desafios, como a pandemia de Covid-19.

    De acordo com a PNUD, cerca de 1,2 bilhão de pessoas vivem em áreas afetadas por conflitos.

    Pelos dados e análises contidos no informe “Novas Ameaças à Segurança Humana no Antropoceno”, a sensação de segurança das pessoas está em queda em quase todos os países, inclusive nas nações mais ricas do mundo.

    Aqueles que se beneficiam de alguns dos mais altos níveis de bons resultados de saúde, riqueza e educação relatam uma ansiedade ainda maior nos últimos anos.

    O secretário-geral adjunto da ONU e diretor do Escritório de Crise do PNUD disse que a redução da insegurança é a “construção” de uma solidariedade global.

    “Um elemento-chave para a ação prática destacada no relatório é a construção de um maior senso de solidariedade global com base na ideia de segurança comum”, diz Asako Okai.

    “A segurança comum reconhece que uma comunidade só pode estar segura se as comunidades adjacentes também estiverem. Isso é algo que vemos muito claramente com a atual pandemia: as nações são em grande parte impotentes para impedir que novas mutações do coronavírus cruzem as fronteiras”, completa.

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