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    Se Venezuela declarar Amorim persona non grata, Brasil vai reagir, dizem fontes

    Governo pode soltar nota ou convocar a embaixadora na Venezuela para consultas

    Débora BergamascoLuciana Taddeoda CNN , em Brasília e Buenos Aires

    Se o Legislativo da Venezuela declarar Celso Amorim persona non grata, como prometeu o presidente da casa, Jorge Rodríguez, o governo brasileiro irá romper o silêncio que tem mantido diante das críticas do governo de Nicolás Maduro e irá reagir.

    A CNN apurou que, apesar de estar evitando responder às “provocações” vindas de Caracas, que chamou para consultas seu embaixador em Brasília, Manuel Vadell, e fez duras críticas a Amorim e ao chanceler Mauro Vieira, o governo brasileiro observa a escalada de declarações e medidas do chavismo e deve reagir caso a ação contra Amorim seja aprovada pelo Legislativo.

    A resposta do governo Lula poderia ser por meio de uma nota, expressando o estranhamento com uma medida do estilo contra o assessor de Lula, ou com uma medida de reciprocidade à convocação de Vadell para consultas, fazendo o mesmo com a embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira.

    Caso o governo Maduro endureça ações e retire de vez seu embaixador do Brasil, o governo Lula responderá na mesma medida, como fez com seu representante na Nicarágua, afirmam fontes do entorno do presidente brasileiro.

    Por enquanto, a avaliação do Planalto é que as ações e declarações venezuelanas são uma movimentação política interna para responder ao fato de que Maduro voltou da Cúpula dos Brics, na Rússia, sem conseguir estar na lista de países convidados para entrar no bloco.

    A decisão no governo Lula, por enquanto, é não ser pautado pelas “provocações do governo venezuelano” e atuar com moderação.

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