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    Sánchez vence votação e garante mais quatro anos como premiê da Espanha

    Político socialista obteve 179 votos no parlamento e encerra quatro meses de impasse político no país

    Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, chega para sessão do Parlamento do país em Madri
    Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, chega para sessão do Parlamento do país em Madri 16/11/2023 REUTERS/Susana Vera

    Da Reuters

    Pedro Sánchez, do Partido Socialista da Espanha, saiu vitorioso em votação no parlamento, assegurando mais quatro anos como chefe de governo do país. Ele obteve 179 votos, três a mais do que o necessário, para garantir um novo mandato.

    Sánchez, que governa desde 2018, negociou apoio por semanas com partidos regionais da Catalunha, do País Basco, da Galícia e das Ilhas Canárias, que receberam concessões em troca de votos.

    A confirmação dele como primeiro-ministro termina um impasse que durava desde julho quando uma eleição geral não resultou num vencedor definitivo. Alberto Nuñez Feijóo, candidato do Partido Popular (PP), ganhou mais assentos, mas o conservador não conseguiu o apoio suficiente de outros partidos na tentativa de liderar o país.

    Os acordos alcançados pelo Partido Socialista (PSOE) de Sánchez incluem uma lei de anistia para os separatistas catalães com os partidos pró-independência Junts e Esquerra Republicana de Catalunya (ERC), que participaram de protestos que resultaram em violência em 2017.

    As autoridades disseram que 15 pessoas foram presas em um protesto de 2.000 pessoas na quarta-feira à noite em frente à sede do Partido Socialista em Madri após confrontos com a polícia.

    Negociação polêmica

    Muitos espanhóis criticam o projeto de lei de anistia, que absolveria políticos e ativistas que participaram de uma tentativa de separar a Catalunha da Espanha, que atingiu seu ápice em 2017. O projeto foi registrado no parlamento na segunda-feira.

    Feijóo, que acusou Sánchez de minar o estado de direito na quarta-feira, pediu protestos em massa no sábado, 18 de novembro.

    Sánchez argumentou na quarta-feira que uma anistia ajudaria a acalmar as tensões na Catalunha.

    No entanto, a composição da nova coalizão significará que a aprovação de qualquer legislação exigirá “negociação contínua e estrita adesão aos acordos, especialmente no caso dos separatistas catalães”, disse Thinking Heads, um think tank baseado em Madri, em um relatório.

    Enquanto os socialistas dizem que os acordos incluem garantir “estabilidade” na legislatura, não há acordo formal para apoiar o orçamento. Será negociado “de boa-fé”, de acordo com uma fonte socialista sênior.

    “Se não houver progresso, não endossaremos nenhuma iniciativa apresentada pelo seu governo”, alertou a porta-voz parlamentar do Junts, Miriam Nogueras, nesta quarta-feira.

    Sánchez também enfrentará pressão dos separatistas para autorizar outro referendo de independência.

    “O compromisso com a independência é inabalável”, disse Nogueras. “Se alguém diz que este acordo é sobre virar a página, eles estão enganando o público.”