Saiba quem são as favoritas para vencer as eleições presidenciais no México
Pleito ocorre em 2 de junho, quando mais de 99 milhões de mexicanos poderão votar
Desde o início oficial das campanhas presidenciais no México, em 1º de março, três candidatos que concorrem ao cargo percorreram o país para provar que são a melhor opção.
Os candidatos em questão são:
- Claudia Sheinbaum (Morena-PT-PVEM);
- Xóchitl Gálvez (PAN-PRI-PRD); e
- Jorge Álvarez Máynez (Movimento Cidadão).
As mais recentes pesquisas de opinião indicam, entretanto, que as duas candidatas estão à frente, sendo que Sheinbaum parece conquistar uma liderança confortável.
Veja abaixo as principais pesquisas para as eleições no México e quem são os favoritos.
Pesquisa Mitofsky
A pesquisa mais recente da empresa Mitofsky revelou que Sheinbaum, ex-chefe do governo da Cidade do México, continua liderando com mais de 20,8 pontos percentuais de vantagem em termos brutos em relação a Gálvez, da coalizão Fuerza y Corazón por México.
Trata-se de uma ligeira diminuição em relação à medição anterior, de abril.
Sheinbaum teve 48,9% da intenção de voto, uma diminuição em relação a abril, mês em que registou 51,4%.
Gálvez registrou aumento: em maio, teve 28,1% das intenções, enquanto no mês anterior registou 26,7%.
Máynez também subiu: em abril, tinha 9,3%; em maio registou 10,3%.
Esse levantamento foi feito entre 3 e 6 de maio e ouviu 1.600 adultos residentes em todo o país com credenciais de voto.
Levantamento De las Heras Demotecnia
A pesquisa de maio de De las Heras reflete algumas variações na intenção de voto.
Claudia Sheinbaum continua na liderança, com 64% das intenções de voto, uma ligeira queda em relação aos 67% registados em abril.
Por sua vez, Gálvez tem 28%, o que representa uma diminuição face aos 30% do mês anterior.
Porém, a diferença entre Sheinbaum e Gálvez ainda é notável, com 36 pontos percentuais de diferença.
Quanto a Máynez, os dados de maio mostram um progresso significativo, atingindo 8%, uma melhoria considerável em comparação com os 3% registados em abril.
Essa pesquisa ouviu 1.400 adultos em todo o território entre 16 e 19 de maio deste ano.
Levantamento da Parametria
A sondagem mais recente, e a última antes do dia das eleições, da empresa de estudos de mercado e opinião pública Parametria foi feita em abril.
De acordo com a pesquisa, Sheinbaum tinha 51% da preferência de voto, o que reflete uma queda de 10 pontos percentuais em relação aos 61% que mantinha em fevereiro e março.
Segundo a empresa, a candidato da oposição Xóchitl Gálvez teve um aumento de 6 pontos percentuais, passando de 31% em março para 36% em abril. Apesar disso, ela ainda está 15 pontos atrás de Sheinbaum.
Jorge Álvarez Máynez, por outro lado, duplicou os pontos que tinha, passando de 5% em março para 10% em abril.
O estudo foi feito com 800 pessoas maiores de 18 anos em todo o México entre 25 e 29 de abril de 2024.
“Acho que serão campanhas muito intensas. Mas não sabemos se esta diferença que, para surpresa de muitos, as duas candidatas mantêm, se manterá até o dia das eleições”, pontuou Francisco Abundis, diretor da Parametria, à CNN.
A pesquisa inclui 17% de indecisos, número maior do que o apoio refletido à candidatura de Samuel García, que aparece com 10% de apoio.
Maiores eleições da história recente do México
Estas eleições são consideradas pelas autoridades como as maiores da história recente do México devido ao número de cargos eleitos popularmente que estão em jogo.
Serão 20.708 cargos em disputa, segundo o Instituto Nacional Eleitoral (INE), incluindo cargos federais como a Presidência, 500 deputados e 128 senadores.
O processo começou no ano passado com a eleição dos porta-estandartes e as pré-campanhas.
Ele terá fim em 2 de junho, dia das eleições presidenciais, quando pouco mais de 99 milhões de mexicanos devem ir às urnas.
Segurança, tema central nas campanhas
As eleições no México ocorrem também em meio ao clima de violência em algumas zonas do país, associado, em parte, segundo o governo, à disputa entre gangues criminosas pelo controle da rota da droga para os Estados Unidos.
“É muito triste pensar que uma percentagem da população pode decidir, no dia das eleições, não sair para votar justamente por medo da violência”, afirma a analista política e especialista em pesquisas Lorena Becerra.
“E vimos isso no passado, porque a atividade criminosa se torna um desincentivo para a população sair e expressar a sua preferência eleitoral, e isso é extremamente grave se um governo, um partido ou um candidato estiver em conluio com o crime organizado”, adicionou.
Tanto as autoridades eleitorais, como o governo federal, afirmam as eleições presidenciais ocorrerão de forma pacífica.
*Com informações de Rey Rodríguez e Lizbeth Padilla Fajardo
