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    Russos estão criando uma catástrofe humanitária, diz prefeito de Mariupol

    Cidade no sudeste da Ucrânia está sendo cercada pelas forças da Rússia e teve fornecimentos de água, eletricidade e aquecimento afetados por bombardeios

    Tim Listerda CNN

    O prefeito da cidade sitiada de Mariupol, no sul da Ucrânia, Vadym Boichenko, disse que os militares russos estão criando uma “catástrofe humanitária” na cidade.

    Em um post em sua conta do Telegram nesta quinta-feira (3), o prefeito declarou: “Eles estão bloqueando o fornecimento e o reparo de eletricidade, água e aquecimento. Também danificaram as ferrovias.”

    “Destruíram pontes e esmagaram trens para que não possamos retirar mulheres, crianças e idosos de Mariupol”, acrescentou.

    A Rússia está interrompendo o fornecimento de alimentos, “bloqueando-nos como na antiga Leningrado [na Segunda Guerra Mundial], destruindo deliberadamente a infraestrutura crítica de suporte à vida da cidade nos últimos sete dias”, disse o prefeito, que acrescentou que a cidade não tinha luz, água ou calor.

    “Estamos trabalhando com instituições internacionais para criar um ‘corredor verde’ para a missão humanitária. Estamos trabalhando para garantir um cessar-fogo para restaurar a eletricidade”, disse Boichenko.

    “Estamos sendo destruídos como nação. Este é o genocídio do povo ucraniano. Esses hipócritas vieram para ‘salvar’ os cidadãos russos de Mariupol e da região”, continuou o prefeito. “Mas eles organizaram o extermínio dos ucranianos – residentes de Mariupol de origem russa, ucraniana, grega e outras”.

    “Não sabemos quantos civis morreram”

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta quinta (3), o vice-prefeito de Mariupol disse que a cidade está “cercada” por forças russas.

    “Nosso exército e Guarda Nacional ucranianos são muito corajosos, eles lutam pela Ucrânia, por Mariupol. Mas a situação é bastante crítica”, disse o vice-prefeito Sergei Orlov ao âncora John Berman, da CNN, pedindo ao Ocidente que forneça mais apoio militar.

    “Estamos pedindo ajuda, por ajuda militar, e estamos esperando por ajuda militar”, disse Orlov. “Nossas forças internas são muito corajosas, mas estamos cercados pelo exército russo, que tem mais pessoas em seu exército.”

    Falando durante uma entrevista no New Day da CNN, Orlov disse que Mariupol enfrentou 26 horas de bombardeios contínuos, alertando que a cidade agora enfrenta uma crise humanitária.

    “Eles estão destruindo nossa cidade com todas as armas, de artilharia, de bombardeio de avião, de foguetes táticos, de múltiplos sistemas de lançamento de foguetes”, disse Orlov.

    Não temos eletricidade em toda a cidade, não temos abastecimento de água, não temos sistemas sanitários, não temos aquecimento”, acrescentou.

    O vice-prefeito também disse que os bombardeios russos atingiram vários prédios civis, incluindo casas, jardins de infância e escolas, mas acrescentou que o número de civis mortos na cidade ainda não está claro.

    “Não sabemos quantos [civis morreram], porque não podemos coletar todos os corpos e não podemos contar”, disse Orlov.

    Em um vídeo na quinta-feira, o general russo Igor Konashenkov disse que os militares russos fizeram avanços em torno de Mariupol, repetindo alegações de que não estavam atacando áreas civis na Ucrânia.

    A Rússia rotineiramente nega ter causado baixas civis na Ucrânia, no entanto, a mídia internacional e os observadores documentaram extensivamente as baixas civis e os danos à infraestrutura civil.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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