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    Rússia troca chefe da Marinha após fracassos no Mar Negro, diz mídia estatal

    Ucrânia afirma que afundou navios russos na região, em ataques estratégicos e com valor simbólico

    Print de vídeo da Inteligência de Defesa ucraniana mostra o navio-patrulha russo Sergei Kotov, que teria sido atingido no Mar Negro
    Print de vídeo da Inteligência de Defesa ucraniana mostra o navio-patrulha russo Sergei Kotov, que teria sido atingido no Mar Negro Inteligência da Defesa da Ucrânia

    Radina GigovaJoshua Berlingerda CNN

    A mídia estatal russa confirmou nesta terça-feira (19) que o Kremlin substituiu o chefe da Marinha do país após uma série de ataques ucranianos bem-sucedidos à sua frota do Mar Negro.

    O almirante Alexander Moiseyev foi oficialmente apresentado pela primeira vez como comandante-chefe interino da Marinha russa durante as comemorações do Dia do Submarinista em Kronshtadt, uma cidade e base naval na Ilha Kotlin, a oeste de São Petersburgo, de acordo com a agência TASS.

    Nascido em 16 de abril de 1962, em Borskoye, região de Kaliningrado, Moiseyev serviu “por muitos anos em submarinos nucleares da Frota do Norte, desde engenheiro de grupo de elementos de combate a comandante de submarino de mísseis e de forças submarinas”, de acordo com o Ministério da Defesa russo.

    Em 2011, Moiseyev recebeu o título de Herói da Federação Russa pela coragem e heroísmo demonstrados no cumprimento do dever, segundo a pasta. Ele também recebeu duas Ordens de Coragem e vários outros prêmios e medalhas.

    Moiseyev substitui o almirante Nikolay Yevmenov, de acordo com a TASS, cujo futuro tem sido alvo de especulação há semanas devido às repetidas perdas da Rússia no Mar Negro.

    Embora a situação nas linhas da frente dos combates terrestres entre a Rússia e a Ucrânia tenha permanecido estática durante meses, salvo algumas vitórias russas, os sucessos no Mar Negro têm sido um ponto positivo para os militares ucranianos.

    A Ucrânia afirmou no mês passado que desativou um terço da frota russa do Mar Negro em ataques que envolveram principalmente drones subaquáticos.

    Os ataques visam isolar a Península da Crimeia para tornar mais difícil para a Rússia sustentar as suas operações militares na área e no continente ucraniano. Moscou tomou a Crimeia há 10 anos, em violação do direito internacional, fazendo com que os ataques ali tenham um significado simbólico, bem como um valor estratégico.

    O retrocesso da frota russa também permitiu a Kiev abrir um corredor marítimo para a exportação de cereais e outras mercadorias para o mercado global.

    Mas essas perdas levaram o Kremlin a redobrar os seus esforços para fortalecer a Frota do Mar Negro.

    O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, admitiu que a Ucrânia se aproveitou das vulnerabilidades da Frota do Mar Negro durante uma visita ao seu posto de comando.

    De acordo com um comunicado do ministério, Shoigu ordenou que a Marinha russa adicionasse mais poder de fogo aos navios de guerra para combater os drones ucranianos e treinasse agentes “durante o dia e à noite”.

    Não está claro quando exatamente Moiseyev foi nomeado para substituir Yevmenov. A intriga dentro das forças armadas da Rússia é, como grande parte da política autoritária do país, notoriamente opaca.

    A reportagem desta terça-feira na mídia estatal russa foi a primeira vez que Moiseyev foi identificado com seu novo título. O relatório não mencionou se Yevmenov foi demitido ou transferido.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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