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    Rússia promete judicializar envio de lucros de ativos congelados à Ucrânia

    Kremlin classifica transferências a Kiev como roubo e promete retaliação

    Da Reuters

    O Kremlin chamou nesta terça-feira (23) de “roubo” o plano da União Europeia de usar os juros ganhos sobre ativos russos congelados para financiar a ajuda militar à Ucrânia e disse que tomaria medidas legais contra qualquer pessoa envolvida na decisão.

    O principal diplomata da UE, Josep Borrell, disse na segunda-feira (22) que a primeira parcela de dos 1,4 bilhão de euros em ajuda militar à Ucrânia, retirada dos rendimentos obtidos com ativos russos congelados, seria paga no início de agosto.

    “Essas ações de ladrões não podem permanecer sem reciprocidade”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres.

    “Esse dinheiro não é apenas essencialmente roubado, mas também será gasto na compra de armas”.

    Depois de o presidente Vladimir Putin ter enviado tropas para a Ucrânia em 2022, os Estados Unidos e os seus aliados proibiram transações com o banco central e o ministério das finanças da Rússia, bloqueando cerca de US$ 300 bilhões em ativos soberanos russos no Ocidente.

    Os países da União Europeia estão pegando nos juros obtidos sobre esses ativos congelados – essencialmente obrigações e outros tipos de títulos em que o banco central russo investiu – e a colocá-los num fundo da União Europeia que será utilizado para ajudar a Ucrânia.

    A UE espera que os ativos gerem um lucro de 15 a 20 bilhões de euros até 2027.

    Putin diz que o Ocidente desencadeou o que considera uma guerra econômica contra a Rússia, mas elogiou tanto a resiliência da economia russa, que cresceu 3,6% no ano passado, como o fracasso das sanções para impedir o comércio russo.

    O Kremlin tem afirmado repetidamente que qualquer confisco dos seus ativos iria contra todos os princípios dos mercados livres que o Ocidente proclama e que minaria a confiança no dólar americano e no euro, ao mesmo tempo que dissuadiria o investimento global e minaria a confiança nos bancos centrais ocidentais.

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