Rússia prende oito pessoas por explosão em ponte na Crimeia
Entre os detidos, cinco são russos e três são ucranianos e da Armênia
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) declarou, nesta quarta-feira (12), que prendeu oito pessoas, sendo cinco russos e três cidadãos da Ucrânia e da Armênia, pela explosão que danificou a ponte da Crimeia no último sábado (8).
O FSB disse que a explosão foi organizada pela inteligência militar ucraniana e seu diretor, Kyrylo Budanov. O artefato explosivo foi transferido da Ucrânia para a Rússia via Bulgária, Geórgia e Armênia.
A entidade, que é a principal sucessora da KGB da era soviética, também revelou que havia evitado ataques ucranianos em Moscou e na cidade de Bryansk.
A Ucrânia não confirmou oficialmente seu envolvimento na explosão da ponte, mas algumas autoridades do país comemoraram os danos.
Uma parte da ponte foi destruída, interrompendo temporariamente o tráfego rodoviário. Vários tanques de combustível também foram danificados, em um caminhão que se dirigia para a península da Crimexia.
A ponte, um projeto de prestígio aberto pessoalmente pelo presidente russo Vladimir Putin em 2018, tornou-se logisticamente vital para sua campanha militar, com suprimentos para as tropas que lutam no sul da Ucrânia canalizados por ela.
Forças russas lançaram mísseis em massa contra cidades ucranianas, incluindo fontes de energia. Em uma reunião televisionada do Conselho de Segurança da Rússia na segunda-feira (10), Putin disse que os ataques foram uma retaliação pela explosão na ponte da Crimeia, que ele disse ter sido organizada pelos serviços secretos da Ucrânia.