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    Rússia pode aumentar a violência para fazer Ucrânia negociar, avalia professor

    À CNN Rádio, Marcelo Suano disse que russos cometeram um conjunto de falhas e erros de cálculo na guerra e, agora, precisam mostrar resultado

    Foto tirada por drone mostra destruição em prédio residencial de Mariupol, no sul da Ucrânia, em 14 de abril de 2022.
    Foto tirada por drone mostra destruição em prédio residencial de Mariupol, no sul da Ucrânia, em 14 de abril de 2022. REUTERS

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    O professor de Relações Internacionais e Direito do IBMEC, Marcelo Suano, acredita que este momento da guerra na Ucrânia haverá um aumento na violência imposta pelas tropas russas. “A guerra agora terá muito mais violência porque a Rússia quer entregar, ao menos simbolicamente, um resultado”, avaliou, em entrevista à CNN Rádio.

    Ele explica que houve um “conjunto de falhas e erros de cálculo” por parte dos russos. “Eles não imaginavam, por exemplo, que a guerra duraria mais do que 10 dias, eles queriam uma solução rápida, muito provavelmente não receberam informações do serviço de inteligência dando conta de que os ucranianos ofereceriam resistência tão densa.”

    Além disso, “os russos não fazem diplomacia pública, não são bons nisso. A Ucrânia fez uma articulação bem feita no cenário internacional com todos os países.” Esse quadro, portanto, na visão do professor, fará com que os russos intensifiquem os ataques: “Será um momento de maior violência para colocar a Ucrânia em mesa de negociação.”

    “Enquanto isso, a Ucrânia usa estratégia de ‘vitimização’ para angariar aliados, mas os ucranianos fizeram isso bem, apesar de serem, de fato, vítimas”, completou.

    Suano argumenta ainda que faltaram interlocutores de alto nível para conduzir a mediação, como a ex-chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e que o Ocidente não deve intensificar a participação na guerra para um embate direto com a Rússia.