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    Rússia pede que Ocidente retome negociações por fim de escalada nuclear

    Kremlin pede "diálogo aprofundado" com o ocidente com o objetivo de reduzir tensão nuclear

    Dmitry AntonovGuy Faulconbridgeda Reuters

    O Kremlin disse nesta quarta-feira (22) que o “diálogo aprofundado” era a forma de reduzir as tensões crescentes entre a Rússia e o Ocidente, inclusive na esfera nuclear, mas que “o Ocidente coletivo” se recusava a participar, apesar dos perigos potenciais.

    A guerra da Rússia na Ucrânia viu os laços Oriente-Ocidente atingirem o seu momento mais perigoso desde a crise dos mísseis de Cuba de 1962 e o Ministério da Defesa da Rússia disse na terça-feira (21) que as suas forças iniciaram a primeira fase de exercícios ordenados pelo presidente Vladimir Putin para simular a preparação para o lançamento do armas nucleares táticas.

    Analistas nucleares dizem que os exercícios da Rússia, a maior potência nuclear do mundo, são concebidos como um sinal de alerta de Putin para dissuadir o Ocidente de se aprofundar na guerra na Ucrânia. Os países ocidentais forneceram armas e informações a Kiev, mas até aqui não enviaram tropas.

    Respondendo nesta quarta-feira (22) a uma pergunta sobre o risco de um conflito nuclear, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a escalada das tensões na Europa e os conflitos ativos em várias regiões globais estão minando a estabilidade e a previsibilidade.

    “A escalada adicional destas tensões é potencialmente perigosa, inclusive na esfera nuclear”, disse Peskov na entrevista coletiva.

    “A situação exige um diálogo aprofundado, a fim de utilizar métodos políticos e diplomáticos para encontrar saídas para esta situação tensa. Mas o diálogo aprofundado entre os principais atores é rejeitado pelos países do chamado Ocidente coletivo”, disse ele.

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