Rússia pede assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU após ter sido suspensa
Remoção de Moscou do Conselho se deu por conta da invasão à Ucrânia e suspeitas de uma série de crimes de guerra cometidos pelo Kremlin dentro e fora do campo de batalha
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Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito • 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko
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Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia • 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS
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Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023. • Felipe Dana/AP
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Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia • 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov
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Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho. • Alexander Ermochenko/Reuters
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Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio. • The Wall Street Journal
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut • Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS
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Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia • 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS
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A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios. • Vasco Cotovio/CNN
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Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas. • Vasco Cotovio/CNN
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Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo. • Reprodução/Reuters
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Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr • Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS
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Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social. • Telegram/@DDGeopolitics
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Vista da ponte destruída sobre o rio Donets • Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
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Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo • Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter
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Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos. • Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images
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Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia • 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko
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Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023. • Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images
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Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia • Reuters
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Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone • 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
A Rússia pediu um assento no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), após ter sido suspensa no ano passado por invadir a Ucrânia.
A reunião que pode marcar o retorno, ou a negativa à Moscou foi marcada para esta terça-feira (10).
A guerra da Rússia na Ucrânia ainda prossegue e várias investigações da ONU sobre direitos humanos acusaram Moscou de cometer abusos contra os direitos humanos, dentro e fora do campo de batalha.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) chegou a emitir um mandado de detenção para o presidente russo, Vladimir Putin, devido às acusações de que Moscou sequestrou crianças ucranianas — órfãs na guerra — e as levou para Rússia.
No entanto, o Kremlin espera que um número suficiente de países integrantes da ONU estejam prontos para dar o aval de entrada da Rússia no Conselho de Direitos Humanos.
À medida que o apoio à Ucrânia diminui em alguns setores políticos dos Estados Unidos, o resultado da votação no Conselho dos Direitos Humanos oferecerá uma nova visão sobre como o mundo em geral se sente agora em relação à Rússia — e quantos países poderão estar dispostos a ignorar as suas ações na Ucrânia.
A votação deverá começar na manhã desta terça-feira na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, onde delegados de todos os 193 Estados-membros se sentam e fazem negócios.
O Conselho de Direitos Humanos é composto por 47 Estados-membros, distribuídos por região geográfica e eleitos pelas nações vizinhas. Na terça-feira, três países disputarão dois lugares para o bloco da Europa do Leste: a Rússia concorre contra a Albânia e a Bulgária.
Em teoria, a votação leva em consideração o histórico e os compromissos do candidato em matéria de direitos humanos. A votação é secreta, o que torna mais fácil para as nações escolherem livremente, conforme os seus interesses no jogo geopolítico.
Alguns poderão aprovar a Rússia apenas para enviar uma mensagem aos EUA sobre o seu comportamento de grande potência. Outras nações precisam que Moscou seja generoso com alimentos e cereais.
A Rússia aderiu ao Conselho de Direitos Humanos em Janeiro de 2021. Mas em Abril de 2022, tornou-se o primeiro país a ser removido do conselho desde a Líbia em 2011. Noventa e três nações apoiaram a medida para remover Moscou, enquanto 24 votaram contra e 58 se abstiveram.
China, Cuba, Coreia do Norte, Irã, Síria e Vietnã, juntamente com a Rússia, estavam entre os que se opunham à medida. Brasil, África do Sul, México, Egito e Arábia Saudita se abstiveram.
Veja também: CNN acompanha voo de drone em área ocupada pela Rússia
“Todos os dias, quando a Rússia e a China cometem abusos em grande escala, elas nos lembram que não deveriam ser membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU”, disse o diretor da ONU da Human Rights Watch, Louis Charbonneau.
“Nenhum Estado é perfeito”, admite, mas sublinha que os registos de direitos humanos da Rússia, do Burundi (África Oriental), da China e de Cuba — todos competindo por um assento de três anos no Conselho ou pela reeleição — são “péssimos”.
Na semana passada, a delegação russa na ONU realizou um discurso em Nova Iorque quanto a sua candidatura ao Conselho. “A Rússia está pronta para continuar a promover os direitos humanos como uma componente da aproximação de Estados e grupos de Estados e não como uma questão de discórdia, pressão e orientação”, disse o Embaixador Vassily Nebenzia, durante fala aos convidados presentes.
Mas os representantes dos EUA lembraram incansavelmente aos países as violações dos direitos humanos que se seguiram à invasão provocada por Moscou.
Embora a Rússia diga que não ataca alvos civis, uma criança adormecida estava entre os mortos em um ataque com mísseis russos na cidade de Kharkiv na semana passada, segundo autoridades ucranianas. Outra criança estava entre as dezenas de mortos quando mísseis russos atingiram uma mercearia e um café na aldeia de Hroza.
“Esperamos que os membros da ONU rejeitem firmemente a sua candidatura absurda, como fizeram esmagadoramente no ano passado”, disse Jason Evans, porta-voz da delegação dos EUA nas Nações Unidas, à CNN.