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    Rússia está aprendendo com erros cometidos no norte da Ucrânia, avaliam EUA

    Forças russas estão implementando novas estratégias em ofensiva no leste ucraniano

    Barbara StarrMichael ConteZachary Cohenda CNN

    Os Estados Unidos acreditam que a Rússia está aprendendo com seus fracassos no norte da Ucrânia, onde não teve a capacidade adequada para sustentar as operações militares, e aplicando essas lições à nova ofensiva no leste e sul do país, de acordo com um alto funcionário da Defesa dos EUA.

    “O que vimos nos últimos dias é que eles continuam tentando estabelecer as condições”, disse o alto funcionário da defesa em uma ligação com repórteres na segunda-feira (18). “Nós chamamos isso de operações de modelagem”.

    “Parece que eles estão aprendendendo com as lições fracassadas do norte, onde não tiveram capacidade de sustentação adequada na área em que estavam prestes a operar”, disse o funcionário.

    O funcionário disse que os EUA viram a Rússia se movendo com “artilharia pesada”, “facilitadores de comando e controle” e “aviação, particularmente apoio de aviação rotativa” como parte dos 11 novos grupos táticos de batalhão que se mudaram para o leste e sul da Ucrânia. “nos últimos dias”.

    A Rússia está reunindo tropas e parece perto de tomar a cidade portuária de Mariupol, no sudeste. A CNN informou na segunda que o destino de Mariupol depende de um número desconhecido de defensores que forma sua última resistência em uma usina de ferro e aço.

    Andriy Yermak, chefe do Gabinete do Presidente da Ucrânia, disse que a “segunda fase da guerra” começou na região leste de Donbas, em meio a sinais claros de uma ofensiva russa intensificada. Em discurso, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou que a batalha na área leste “está em andamento”.

    “As forças russas começaram a batalha por Donbass para a qual estão se preparando há muito tempo e uma quantidade considerável das forças russas está concentrada e focada nessa ofensiva”, afirmou Zelensky.

    “Não importa quantos militares russos eles estejam trazendo para aquela área, continuaremos lutando e defendendo e faremos isso diariamente. Não vamos desistir de nada que seja ucraniano, mas não precisamos de nada que não seja nosso”, disse Zelensky.

    “Sou grato a todos os nossos guerreiros, nossos soldados, nossas cidades heróicas e cidades da região que estão resistindo e se mantendo firmes”, disse ele.

    Área bombardeada em Mariupol / 17/04/2022 REUTERS/Alexander Ermochenko

    A operação desarticulada – e às vezes caótica – da Rússia no norte da Ucrânia foi bem documentada e seus primeiros fracassos militares foram uma surpresa para as autoridades americanas e ocidentais.

    Desde que a Rússia lançou seu ataque à Ucrânia em 24 de fevereiro, bombardeou cidades ucranianas com mísseis e artilharia, destruindo apartamentos, hospitais e escolas e deixando dezenas de civis mortos.

    Mas sua invasão por terra está em grande parte paralisada e Moscou não conseguiu tomar as principais cidades, incluindo Kiev, em meio à forte resistência dos ucranianos e erros táticos.

    Rússia com foco no leste e sul

    Os EUA avaliam que a Rússia adicionou 11 grupos táticos de batalhão (BTGs) às suas forças no leste e no sul desde o fim da semana passada, de acordo com o alto funcionário de defesa dos EUA, elevando o número total de BTGs da Rússia para 76.

    O funcionário disse que todas as forças terrestres russas estão atualmente concentradas nas regiões da Ucrânia, mas os EUA não conseguem identificar exatamente como os novos BTGs estão espalhados.

    Em preparação para um novo tipo de luta nas planícies abertas do sudeste da Ucrânia, os EUA estão fornecendo a Kiev armamentos com capacidades de alta potência. O novo pacote de armas de US$ 800 milhões representa o sinal mais forte até agora de que a guerra na Ucrânia está mudando.

    Uma autoridade dos EUA disse à CNN na semana passada que isso foi planejado, argumentando que, como a Rússia, que não conseguiu capturar Kiev, mudou sua estratégia para concentrar forças no leste da Ucrânia, os americanos estão mudando sua própria estratégia.

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