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    Rússia está “ameaçada” pela possível adesão da Ucrânia à Otan, diz Medvedev

    Vice-presidente do Conselho de Segurança russo afirmou, ainda, que Moscou está pronta para tornar o conflito atual permanente; parte da premissa para a invasão da Ucrânia era evitar expansão da organização

    Mariya Knightda CNN

    A Rússia está “ameaçada” pelo potencial da Ucrânia de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmou Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, no domingo (2).

    “Nós [Rússia] sempre pedimos apenas uma coisa – levar em conta nossas preocupações e não convidar as antigas partes de nosso país para a Otan”, escreveu Medvedev, ex-presidente e primeiro-ministro russo, em um artigo para jornal estatal Rossiyskaya Gazeta.

    “Especialmente aqueles com quem temos disputas territoriais. Portanto, nosso objetivo é simples – eliminar a ameaça de adesão da Ucrânia à Otan”.
    Parte da premissa da Rússia para a invasão da Ucrânia era evitar que a Otan se expandisse perto de suas fronteiras.

    Medvedev disse que Moscou está pronta para deliberadamente tornar o conflito atual permanente, porque “esta é uma questão da existência da Rússia”.

    A questão da adesão da Ucrânia à Otan é uma das várias questões que os líderes abordarão quando se reunirem na capital da Lituânia, Vilnius, em 11 e 12 de julho.

    A questão será um dos maiores pontos de conflito para o grupo, que conseguiu permanecer notavelmente unido em meio à invasão não provocada da Rússia.

    Alguns aliados, particularmente aqueles na Europa Oriental que estão localizados mais perto da Ucrânia e da Rússia, defenderam um caminho mais concreto para Kiev se juntar à aliança defensiva assim que a guerra terminar.

    Outras autoridades europeias, particularmente as da Europa Ocidental e Meridional, argumentaram que uma entrada acelerada da Ucrânia na Otan poderia ser muito provocativa e que poderia representar uma aposta extremamente arriscada para a aliança, mesmo que houvesse um fim para os combates, particularmente se a Rússia ainda reivindica o território ucraniano.

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