“Rússia é responsável por situação alimentar global tensa”, diz Scholz a Putin
Chanceler alemão teve conversa telefônica com presidente russo, nesta sexta-feira (13), para discutir a guerra na Ucrânia


O chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente russo Vladimir Putin discutiram a guerra em curso na Ucrânia nesta sexta-feira (13), após uma conversa no início desta semana com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse o porta-voz do governo alemão Steffen Hebestreit em um comunicado.
“O chanceler e o presidente russo também discutiram a situação alimentar global, que é particularmente tensa como resultado da guerra de agressão russa. O chanceler lembrou que a Rússia tem uma responsabilidade especial nisso”, segundo o comunicado do governo alemão.
“Dada a gravidade da situação militar e as consequências da guerra na Ucrânia, particularmente em Mariupol, o chanceler pediu ao presidente russo um cessar-fogo o mais rápido possível”, disse o comunicado.
Scholz também discutiu “uma melhora na situação humanitária e progresso na busca de uma solução diplomática para o conflito”.
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Soldado ucraniano na linha de frente no Donbass, região leste da Ucrânia. As tropas se preparam para "nova fase" da ofensiva russa na região; veja imagens • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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De acordo com um especialista ouvido pela CNN, a batalha na região pode desencadear o maior conflito entre tropas desde a Segunda Guerra Mundial • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“Agora podemos dizer que as forças russas iniciaram a batalha de Donbass, para a qual se prepararam há muito tempo”, disse Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O exército da Ucrânia está se preparando para um novo ataque russo no lado leste do país desde que Moscou retirou suas forças de perto da capital Kiev e do norte ucraniano no final do mês passado • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou que Moscou está iniciando uma nova etapa do que chamam “operação militar especial”, e disse ter “certeza que este será um momento muito importante” do conflito. • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Forças ucranianas disparam míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass, em 10 de abril de 2022 • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldado ucraniano com veículo de disparo de míssil GRAD contra tropas russas na região do Donbass; há grande expectativa pelo envio de armas por parte de aliados do Ocidente • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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“Estamos preparados para usar qualquer tipo de equipamento, mas ele precisa ser entregue com muita rapidez. E temos a capacidade de aprender a usar novos equipamentos. Mas precisa ser rápido", disse Zelensky • Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
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”A artilharia não chegou, e isso faz com que os ucranianos estejam ainda em condições inferiores nesse combate. Os russos têm apoio por terra, mar — Ucrânia não tem mais marinha — e tem duas pontes sob o Estreito de Kerch que ajudam na logística russa”, disse à CNN o professor do Instituto de Estudos Estratégicos da UFF e pesquisador de Harvard, Vitelio Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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O movimento russo pode também tentar “completar o cerco e tomar Odessa e Kherson”, localizadas no sul ucraniano, o que tiraria o acesso da Ucrânia ao mar. “90% dos países que não têm acesso ao mar são pobres”, observou Brustolin • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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“É por isso que é muito importante para nós não permitirmos que eles se mantenham firmes, porque esta batalha pode influenciar o curso de toda a guerra”, disse Zelensky sobre a batalha em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass, leste da Ucrânia, em 12de abril de 2022, disparando um projétil de artilharia • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Bunker ucraniano em Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Soldados ucranianos na linha de frente no Donbass em 11 de abril de 2022 • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque na linha de frente no Donbass • Diego Herrera Carcedo/Anadolu Agency via Getty Images
União Europeia fornecerá mais € 500 milhões em ajuda militar à Ucrânia
O chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse nesta sexta-feira (13) que o bloco fornecerá mais 500 milhões de euros em apoio militar à Ucrânia e que está confiante de que um acordo pode ser alcançado nos próximos dias para um embargo ao petróleo russo.
Falando a repórteres antes da reunião dos ministros das Relações Exteriores do G7 na Alemanha, Borrell disse que o apoio militar seria para armas pesadas, como tanques e artilharia, e levaria a ajuda do bloco a cerca de 2 bilhões de euros.
“Um novo impulso para o apoio militar. (Será) mais pressão sobre a Rússia com sanções econômicas e continuidade do isolamento internacional do país e combate à desinformação”, disse ele.
Borrell disse que também está otimista de que um embargo da UE ao petróleo russo também possa ser acordado nos próximos dias. “Tenho certeza de que teremos um acordo. Precisamos dele e teremos. Temos que nos livrar da dependência do petróleo da Rússia”, disse o diplomata.
“Se não houver acordo entre os embaixadores, na próxima segunda-feira (16) os ministros, quando se reunirem, terão que fornecer o impulso político”, afirmou.