Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Rússia diz ser “difícil acreditar” que Estado Islâmico realizou ataque em Moscou

    Ação terrorista deixou pelo 140 mortos no pior atentado da história do país em 20 anos

    Memorial improvisado em São Petersburgo para as vítimas do ataque a tiros na sala de concertos Crocus City Hall, na região de Moscou, Rússia
    Memorial improvisado em São Petersburgo para as vítimas do ataque a tiros na sala de concertos Crocus City Hall, na região de Moscou, Rússia 24/03/2024REUTERS/Anton Vaganov

    Da Reuters

    em Moscou

    A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse nesta quarta-feira (27) que era “extremamente difícil acreditar” que o Estado Islâmico teria a capacidade de lançar um ataque a uma sala de concertos em Moscou na última sexta-feira (22) que matou pelo menos 140 pessoas.

    Em uma reunião com repórteres, Zakharova reforçou as afirmações de Moscou, para as quais ainda não forneceu provas, de que a Ucrânia estava por trás do ataque mais letal que a Rússia já sofreu em 20 anos.

    O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo massacre e os oficiais dos EUA dizem que têm a inteligência que mostra que foi realizado pelo ramo afegão da rede, Estado Islâmico Khorasan. A Ucrânia negou repetidamente que tivesse algo a ver com o ataque.

    Mas Zakharova disse que o Ocidente correu para atribuir responsabilidade ao Estado Islâmico, também conhecido como ISIS, como uma forma de desviar a culpa da Ucrânia e dos governos ocidentais que o apoiam.

    “A fim de afastar as suspeitas do Ocidente coletivo, eles precisavam urgentemente chegar a algo, então recorreram ao ISIS, tiraram um ás da manga e, literalmente, algumas horas após o ataque terrorista, a mídia anglo-saxã começou a disseminar precisamente essas versões”, disse ela.

    O presidente Vladimir Putin disse que o ataque foi realizado por militantes islâmicos, mas sugeriu que foi em benefício da Ucrânia e que Kiev pode ter desempenhado um papel.

    Ele disse que alguém do lado ucraniano preparou uma “janela” para os pistoleiros escaparem pela fronteira antes de serem capturados no oeste da Rússia na noite de sexta-feira (22).

    Na terça-feira (26), no entanto, o líder bielorrusso Alexander Lukashenko disse que os homens armados haviam inicialmente procurado entrar em seu país antes de seguirem em direção à Ucrânia, uma vez que perceberam que as travessias para a Bielorrússia haviam sido seladas.

    O diretor da agência de segurança russa FSB disse na terça-feira (26) que acredita que a Ucrânia, juntamente com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, estão envolvidos no ataque a Moscou.

    O secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, respondeu no X, dizendo: “As alegações da Rússia sobre o Ocidente e a Ucrânia sobre o ataque são totalmente absurdas.”