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    Rússia diz que ajuda à Ucrânia eleva risco de confronto entre potências nucleares

    Ministro russo Sergey Lavrov alertou para o "perigo nuclear" e criticou apoio do Ocidente ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky

    Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou
    Chanceler russo Sergei Lavrov em Moscou 6/3/2024 Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS

    Guy Faulconbridgeda Reuters

    A Rússia disse nesta segunda-feira (22) que o apoio militar de Estados Unidos, Reino Unido e França à Ucrânia levou o mundo à beira de um confronto direto entre as maiores potências nucleares do mundo que poderia terminar em uma catástrofe.

    A invasão da Ucrânia pelo presidente Vladimir Putin em 2022 provocou a pior ruptura nas relações entre a Rússia e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962, de acordo com diplomatas russos e norte-americanos.

    Apenas dois dias depois que os parlamentares dos EUA aprovaram bilhões de dólares em ajuda militar adicional à Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os Estados Unidos e a Otan estavam obcecados com a ideia de infligir uma “derrota estratégica” à Rússia.

    Lavrov afirmou que o apoio ocidental à Ucrânia estava colocando os Estados Unidos e seus aliados à beira de um confronto militar direto com a Rússia.

    “Os ocidentais estão oscilando perigosamente à beira de um confronto militar direto entre potências nucleares, o que pode ter consequências catastróficas”, disse Lavrov em uma conferência em Moscou.

    “Particularmente preocupante é o fato de que é a ‘troika’ dos Estados nucleares ocidentais que estão entre os principais patrocinadores do regime criminoso de Kiev, os principais iniciadores de várias medidas provocativas. Vemos sérios riscos estratégicos nisso, levando a um aumento no nível de perigo nuclear.”

    Desde o início da guerra, a Rússia tem falado repetidamente sobre o aumento dos riscos nucleares – alertas que os Estados Unidos dizem ter que levar a sério, embora as autoridades norte-americanas digam que não viram nenhuma mudança na postura nuclear russa.

    Putin apresenta a guerra como parte de uma batalha secular contra um Ocidente decadente que, segundo ele, humilhou a Rússia após a queda do Muro de Berlim em 1989, ampliando a Otan e invadindo o que Moscou considera ser a esfera de influência histórica da Rússia.

    A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais dizem que a guerra é uma apropriação de terras no estilo imperial por uma ditadura corrupta que levará a Rússia a um beco sem saída estratégico. Os líderes ocidentais prometeram trabalhar para derrotar as forças russas na Ucrânia, ao mesmo tempo em que descartam qualquer envio de pessoal da Otan para lá.