Rússia deveria lançar nova fase de campanha contra Ucrânia, diz líder separatista
Próximos passos são necessários depois do que testemunhamos nas regiões fronteiriças, avalia Denis Pushilin, de Donetsk
O líder separatista de Donetsk, região no leste ucraniano apoiada pela Rússia, disse nesta terça-feira (26) que Moscou deveria lançar a próxima etapa de sua campanha militar na Ucrânia depois de chegar às fronteiras do território.
Denis Pushilin, líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, disse em um talk-show russo transmitido online que a próxima fase da intervenção militar da Rússia é crucial após incidentes de segurança fora da região.
Como exemplos, Pushilin citou explosões que atingiram a região separatista moldava da Transnístria, na fronteira com a Ucrânia, na segunda-feira (25), bem como alegações russas de bombardeio de suas regiões fronteiriças por forças ucranianas.
“O ritmo em que a operação (militar) chega às nossas fronteiras é importante para nós, a fim de lançar sua próxima fase, que é necessária depois do que testemunhamos na Transnístria e nas regiões fronteiriças da Rússia”, disse Pushilin à agência de notícias RIA.
A Rússia disse, nesta segunda-feira (25), que investigará a causa de um grande incêndio que eclodiu nas primeiras horas da manhã em uma instalação de armazenamento de petróleo na cidade de Bryansk – 154 quilômetros a nordeste da fronteira com a Ucrânia. O Ministério de Situações de Emergência da Rússia disse que ninguém ficou ferido no incidente.
O Ministério disse em comunicado que o incêndio começou em uma instalação de propriedade da empresa de oleodutos Transneft às 02h, horário de Moscou (20h, horário de Brasília), e que não houve necessidade de evacuar nenhuma parte de Bryansk, uma cidade de 400 mil pessoas.
Situação em Luhansk
A região de Luhansk, próxima a Donetsk, sofreu grandes cortes no fornecimento de água e energia devido ao pesado bombardeio russo, disse Serhiy Hayday, chefe da administração militar regional.
Houve “mais 7.500 quedas de energia, quase toda a região de Luhansk está sem abastecimento de água”, disse Hayday em comunicado no Telegram nesta segunda-feira (25).
“Nos últimos 10 dias, 10 assentamentos tiveram a energia cortada devido ao bombardeio russo, nove dos quais foram completamente cortados. Isso faz 30.000 famílias sem eletricidade. Só no último dia, 7.500 apartamentos e casas particulares foram cortados”, afirmou.