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    Rússia culpa Europa pela interrupção do Nord Stream 1

    Gazprom anunciou o fechamento do principal gasoduto para a Alemanha na sexta-feira (2)

    Lidia Kellyda Reuters

    A Rússia culpou políticos europeus, neste domingo (4), por manterem fechado o gasoduto Nord Stream 1, uma de suas principais rotas de fornecimento de gás.

    O Kremlin ainda disse que as sanções econômicas do bloco ao país impediram a manutenção do gasoduto pela Gazprom.

    A Gazprom, controlada pelo Estado, anunciou na sexta-feira (2) que o principal gasoduto para a Alemanha permaneceria fechado indefinidamente, chocando os clientes que esperavam a reabertura no sábado (3), após três dias de trabalhos de manutenção.

    O relato de Moscou veio logo depois de um acordo entre as grandes nações, lideradas pelos Estados Unidos, para buscar maneiras de limitar os preços pagos pelas exportações russas de petróleo. Isso levantou temores de que partes da Europa possam ser forçadas a racionar energia.

    “Se os europeus absurdamente decidirem recusar a manutenção de seus equipamentos, ou melhor, de equipamentos que pertencem à Gazprom, mas que eles são obrigados contratualmente a fazer a manutenção, isso não é culpa da Gazprom”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista à mídia estatal da Rússia, de acordo com a agência de notícias Interfax.

    “A culpa é dos políticos que tomaram decisões sobre sanções”, continuou.

    A Gazprom também revelou na sexta-feira que não poderia mais fornecer um prazo para reiniciar as entregas depois de encontrar um vazamento de óleo, que impedia uma turbina de funcionar com segurança.

    O vice-primeiro-ministro Alexander Novak comunicou na televisão estatal russa que, para que o equipamento continue funcionando, a Siemens Energy deve cumprir os termos do contrato de manutenção das turbinas.

    “Todos os termos do contrato de reparo foram completamente violados, as condições de transporte deste equipamento foram violadas”, expôs a Interfax, citando Novak.

    “Além disso, foram introduzidas sanções –tanto do Canadá quanto da União Européia– sobre os equipamentos relevantes, portanto, elas precisam ser alinhadas com os termos contratuais para que esses equipamentos realmente continuem funcionando”.

    A Siemens Energy expôs que não foi contratada para realizar o trabalho, mas que estava disponível.

    Não havia informações de Peskov ou Novak sobre quando Moscou poderia retomar os fluxos.

    A Europa acusou a Rússia de armar suprimentos de energia no que Moscou chamou de “guerra econômica” com o Ocidente devido às consequências da invasão russa da Ucrânia.