Rússia convoca embaixadora dos EUA após suposto ataque ucraniano na Crimeia
Kremlin alerta que ofensiva terá resposta, mas não especificou qual
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou a embaixadora dos Estados Unidos no país, Lynne Tracy, nesta segunda-feira (24) para dizer a ela que Moscou culpa o tanto os EUA quanto a Ucrânia por um ataque mortal com mísseis na cidade de Sebastopol, na Crimeia.
Ela enfrentou acusações de que os EUA estão “travando uma guerra híbrida contra a Rússia e, na verdade, se tornou parte do conflito”.
“Tais ações de Washington não ficarão sem resposta. Definitivamente haverá medidas de resposta”, alertou o ministério russo em uma declaração.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres sobre o ataque que “deveriam perguntar aos meus colegas na Europa, e acima de tudo em Washington, os secretários de imprensa, por que seus governos estão matando crianças russas. Basta fazer esta pergunta a eles”.
Ao menos duas crianças foram mortas no ataque a Sebastopol no domingo (23), de acordo com autoridades russas.
A Rússia disse que os Estados Unidos forneceram as armas usadas na ofensiva e que especialistas militares americanos forneceram dados para o ataque.
Nem a Ucrânia, nem os Estados Unidos comentaram o caso.
Rússia promete resposta
Questionado sobre qual seria a resposta russa ao ataque na Crimeia, Dmitry Peskov relembrou uma fala do presidente Vladimir Putin, em 6 de junho, sobre o fornecimento de armas convencionais para regiões próximas aos Estados Unidos e seus aliados.
“É claro que o envolvimento dos Estados Unidos na luta, como resultado da qual russos pacíficos estão morrendo, não pode deixar de ter consequências”, comentou Peskov.
“Quais [respostas serão tomadas ] exatamente — o tempo dirá”, concluiu.