Rússia considera pedido dos EUA para acesso consular ao repórter americano detido
Evan Gershkovich, que trabalha para o Wall Street Journal, foi preso por acusações de de espionagem
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, disse que a Rússia está considerando o pedido dos Estados Unidos para acesso consular ao repórter detido do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, informou a agência de notícias estatal russa Ria Novosti na terça-feira (9).
“Todos os pedidos de visitas consulares a Gershkovich são considerados pelos serviços russos relevantes”, disse Ryabkov da Rússia, segundo a RIA Novosti.
A RIA Novosti acrescenta que Moscou viu apenas “tentativas de pressão e ameaças de Washington sobre o assunto”.
O Departamento de Estado dos EUA ainda não comentou.
Gershkovich, cidadão americano, foi preso na Rússia em março por acusações de espionagem, em um sinal da repressão do Kremlin aos meios de comunicação estrangeiros desde que invadiu a Ucrânia no ano passado.
O Wall Street Journal negou veementemente as acusações de espionagem contra Gershkovich.
O jornalista está atualmente detido em um centro de detenção pré-julgamento na notória prisão Lefortovo em Moscou até 29 de maio.
No mês passado, ele compareceu ao Tribunal da Cidade de Moscou – onde foi retratado em uma gaiola de vidro – para pedir que seu detenção seja em prisão domiciliar em vez de prisão. Seu recurso foi negado.
O vice-porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedant Patel, disse no mês passado que Washington estava “profundamente desapontado” por Moscou ter rejeitado seu pedido para visitar Gershkovich.
A rejeição inicial de Moscou foi uma retaliação ao fracasso de Washington em fornecer vistos a jornalistas russos do grupo do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, quando ele visitou as Nações Unidas em abril.
