Rússia captura cidadão britânico que lutava na Ucrânia, diz estatal
Caso foi confirmado pelo Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido
Um britânico foi capturado pelas forças russas enquanto lutava pela Ucrânia na região de Kursk, segundo meios de comunicação estatais da Rússia.
A agência estatal TASS informou que o homem, James Scott Rhys Andersen de 22 anos, é um ex-soldado britânico, citando uma fonte militar.
O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido confirmou que estava “apoiando a família de um cidadão britânico após os relatos de sua detenção”.
Em um vídeo que circula nos meios de comunicação russos, um homem se identifica como James Scott Rhys Andersen e afirma que havia servido anteriormente no Exército britânico antes de voar para a Polônia e pegar um ônibus até a fronteira com a Ucrânia. Não está claro se ele estava falando sob pressão.
O homem diz que nasceu em maio de 2002. No vídeo, ele está sentado diante de um fundo escuro e parece responder a perguntas sobre seus antecedentes e por que escolheu lutar pela Ucrânia. O vídeo está fortemente editado, com cortes bruscos em vários momentos.
Pessoas de diversas nacionalidades, muitas vezes ex-soldados, têm lutado contra as forças russas na Ucrânia, reforçando as Forças Armadas de Kiev no conflito.
Os ucranianos lançaram uma incursão na região russa de Kursk em agosto, pegando Moscou e até seus próprios aliados de surpresa. Naquele momento, a Ucrânia afirmou que a operação era necessária porque a Rússia planejava lançar um novo ataque contra a Ucrânia a partir da região. O objetivo era criar uma “zona de buffer” para impedir futuros ataques através da fronteira entre os dois países.
A ofensiva em Kursk foi a primeira invasão terrestre da Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial.
No início deste mês, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que a Rússia havia deslocado quase 50 mil soldados para Kursk como resposta. Um funcionário dos Estados Unidos afirmou à CNN que a Rússia acumulou uma grande força de dezenas de milhares de soldados na região, incluindo tropas da Coreia do Norte recém-chegadas.