Rússia anuncia que irá retirar diplomatas da Ucrânia
Medida acontece após o presidente russo Vladimir Putin reconhecer a independência de duas áreas separatistas ucranianas
A Rússia tomou a decisão, nesta terça-feira (22), de retirar sua equipe diplomática da Ucrânia, segundo informações do Ministério das Relações Exteriores.
“Nossa primeira prioridade é cuidar dos diplomatas russos e funcionários da Embaixada e Consulados Gerais. Para proteger suas vidas e segurança, a liderança russa decidiu evacuar funcionários das missões russas na Ucrânia, que serão implementadas em um futuro muito próximo”, disse em comunicado.
O presidente russo Vladimir Putin reconheceu, na última segunda-feira (21), a indepedência de duas áreas separatistas ucranianas: a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk.
Putin solicitou à Assembleia Federal que apoie a decisão e, que em seguida, ratifique os tratados de amizade e assistência mútua com ambas as repúblicas.
Antes de assinar o acordo, Putin reafirmou que a situação é complicada no leste ucraniano e que o país faz parte da história da Rússia.
“É importante entender que a Ucrânia nunca teve uma tradição consistente de ser uma nação de verdade. Começaram a copiar modelos estrangeiros que não faziam parte de sua cultura”, disse Putin. “Vamos começar com o fato de que a Ucrânia moderna foi inteiramente criada pela Rússia, mais precisamente, pelos bolcheviques, a Rússia comunista. Esse processo começou quase imediatamente após a revolução de 1917”, completou.
Para o líder russo, o país do Leste Europeu é uma “marionete dos EUA” e que, junto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), transformaram a Ucrânia em um teatro de guerra.
Nesta terça-feira, Putin ratificou que situação com os ucranianos é distinta das demais nações pós-soviéticas.”Isto porque, infelizmente, o território deste país está sendo utilizado por terceiros países para criar ameaças contra a própria Federação Russa. Essa é a única razão”, explicou.
Com a crescente tensão na região, e a ameaça iminente de invasão em larga escala, ao menos 36 países já pediram para seus cidadãos deixarem o território ucraniano.
Brasil, EUA, Reino Unido, Estônia, Israel, Letônia, Japão, Coreia do Sul, Noruega, Holanda, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Lituânia, Kuwait, Jordânia, Suécia, Iraque, Arábia Saudita, Turquia, Espanha, Itália, Portugal, Dinamarca, Chipre, Grécia, Eslováquia, Romênia, Sérvia, Montenegro, Kosovo, Índia, Canadá, Bélgica, Áustria e França emitiram recomendações de retirada.
[cnn_galeria active=”false” id_galeria=”692430″ title_galeria=”Cidadãos pró-Rússia realizam evacuação em cidade separatista no leste da Ucrânia”/]
(*Com informações da CNN)