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    Rússia afirma que Ucrânia tem armas biológicas; EUA e UE dizem ser mentira

    Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta sexta-feira (11) para discutir um suposto programa de armas biológicas e químicas no país

    Heloisa Villelada CNN , em Nova York

    O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta sexta-feira (11) para discutir um suposto programa de armas biológicas e químicas da Ucrânia. A ONU diz que desconhece qualquer informação sobre o assunto.

    A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir a existência de um suposto programa de armas químicas e biológicas na Ucrânia. Segundo o Kremlin, seriam mais de 30 laboratórios que trabalhavam com a ajuda de cientistas norte-americanos.

    Na última terça-feira, a sub-secretária de Estado Victoria Nuland depôs no comitê de Relações Exteriores do Senado e, em resposta ao senador Marco Rubio, disse que a Ucrânia tem laboratórios biológicos, e que o governo americano estava preocupado em evitar que os russos se apoderassem dos elementos e produtos desses institutos.

    Em 2005, o pentágono fechou um acordo com a Ucrânia e passou a dar assistência às pesquisas de vários laboratórios do país, com o objetivo, segundo o governo americano, de incrementar a segurança deles.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse ter aconselhado a Ucrânia a destruir patógenos contagiosos que em caso de um vazamento, por causa da guerra, poderiam provocar epidemias.

    O representante para assuntos de desarmamento da ONU, Izumi nakamitsu, disse não ter conhecimento da existência do tal programa. O embaixador russo, Vassily Nebenzia, respondeu: “claro, é um programa secreto”.

    A Ucrânia assinou o tratado internacional que bane as armas biológicas, assim como os Estados Unidos e a Rússia também. No total, 180 países são signatários do tratado que proíbe a fabricação, o armazenamento e o uso dessas armas.

    Os Estados Unidos e aliados europeus acusaram os russos de mentir mais uma vez no Conselho de Segurança da ONU.

    “A Rússia tem um histórico de acusar falsamente outros países de cometerem as violações que a Rússia está cometendo”, disse a embaidora americana Lindas Thomas-Greenfield.

    Ela disse estar preocupada com a possibilidade de que o Kremlin ordene o uso de agentes químicos ou biológicos contra o povo ucraniano.

    A China não descartou a denúncia nem confirmou os dados, mas disse que ela deve ser levada a sério e deve ser investigada.

    O embaixador brasileiro João Genésio de Almeida Filho disse que qualquer violação da convenção de armas biológicas é extremamente séria e, por isso, deve ser acompanhada de provas sólidas.

    Questionado sobre o assunto, o presidente dos EUA Joe Biden disse que Vladimir Putin pagará um preço alto se cometer um ataque com armas químicas e biológicas.

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