Rubens Barbosa: Encontro entre China e Rússia é histórico na relação dos países
Para o Especialista CNN, encontro é um momento histórico entre as relações políticas dos dois países
Nesta terça-feira (8), o Especialista CNN Rubens Barbosa comentou sobre as movimentações no cenário político internacional que ocorreram nesta última semana.
Para Barbosa, o acordo selado entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, é um momento histórico que pode influenciar no cenário político internacional.
“Vejo esse encontro como um momento histórico na relação entre os dois países, críticos da hegemonia dos Estados Unidos e da expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) para territórios próximos da Rússia. É um encontro que vai marcar as relações internacionais e terá importantes impactos geopolíticos.”
Alemanha e EUA
Rubens Barbosa comentou também o encontro entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Washington.
De acordo com o especialista, o encontro entre os dois líderes demonstrou que existe um consenso em relação a possíveis medidas que podem ser tomadas em caso de invasão russa ao território ucraniano.
“Ontem houveram dois encontros importantes. Um encontro em Washington entre o presidente dos Estados Unidos e o primeiro-ministro da Alemanha para mostrar unidade de pensamento e de ação em relação a uma eventual invasão da Ucrânia pela Rússia. E a imposição de sanções que seriam aplicadas por todos sem nenhuma relutância, como parecia ser o caso da Alemanha pela dependência dela do gás da Rússia.”
Entre as diversas visitas de líderes mundiais ao presidente Putin, Barbosa comentou a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, que deve acontecer em breve. O especialista afirmou que existe o risco de a visita ser interpretada como um sinal de apoio a Putin.
“A viagem a Moscou, contudo, não deixa de apresentar riscos para o governo brasileiro e para o presidente brasileiro. Por poder coincidir com um ataque armado à Ucrânia, ou poder ser interpretada como um apoio às políticas de Putin dependendo das manifestações dos pronunciamentos do presidente brasileiro”, concluiu.
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