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    Ritmo de transição energética é muito lento e preocupante, diz especialista

    À CNN Rádio, Carlos Bocuhy afirmou que, neste Dia Mundial do Meio Ambiente, infelizmente não há muito o que comemorar

    Amanda Garciada CNN

    Este 5 de junho marca o Dia Mundial do Meio Ambiente e, na avaliação do presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental Carlos Bocuhy, não há muito o que comemorar.

    À CNN Rádio, ele defendeu que “o ritmo de transição energética” observado no momento “é muito lento e isso é muito preocupante.”

    Para atingir níveis consistentes, segundo o especialista, é necessário que haja uma “mudança estrutural.”

    Bocuhy explica que o Brasil sai em vantagem: “O País tem posição privilegiada, com 60% da matriz energética por hidroeletricidade, já que temos muita água.”

    “Brasil tem que investir em matrizes sustentáveis, como eólica e solar, para nos livrarmos das matrizes fósseis, como carvão, óleo diesel e o gás dito natural, mas que é decorrente do metano”, completou.

    Uso de plásticos

    Neste ano, o Dia Mundial do Meio Ambiente alerta para a poluição com materiais plásticos.

    Bocuhy destacou que o mundo “ainda não deu um salto suficiente para estarmos num patamar de uso de materiais que sejam recicláveis absorvidos pela natureza sem impacto.”

    “O plástico permanece por centenas de anos no ambiente, com impactos fortes para toda a fauna que vive especialmente nos oceanos”, disse.

    De acordo com ele, o mundo “precisa mudar a cadeira produtiva com produtos biodegradáveis, com possibilidade de gerar menos impacto.”

    “A indústria precisa investir maciçamente no sistema produtivo, e isso não tem sido feito com a velocidade que o meio ambiente exige”, completou.

    Para isso, no entanto, é necessário investimento tanto do setor industrial, quanto de governos.

    *Com produção de Isabel Campos

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