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    Reunião do Conselho de Segurança da ONU aprofundou isolamento da Rússia

    Posição do Brasil mostra descolamento com a opinião do presidente Jair Bolsonaro

    Lourival Sant'Anna, analista da CNN
    Lourival Sant'Anna, analista da CNN Reprodução/CNN (25.fev.2022)

    Lourival Sant'Anna

    A Reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (25) aprofundou o isolamento da Rússia. O país foi o único a votar contra uma resolução que condena a invasão à Ucrânia e pede a retirada imediata das tropas.

    A China demonstrou ter uma parceria de conveniência com os russos e não uma aliança ao apenas se abster. Assim, mostrou que nem no Conselho de Segurança está disposta a embarcar na aventura russa.

    Também se abstiveram os Emirados Árabes Unidos, uma monarquia absolutista sustentada pelo petróleo ditatorial e parceira da Rússia, que integra a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

    A outra abstenção foi da Índia, governada por um populista, o primeiro-ministro Narendra Modi, que tem grande proximidade com o presidente russo Vladimir Putin e faz parte dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cinco economias emergentes.

    A posição do Brasil, de total desacordo com a invasão do território ucraniano, tem um descolamento em relação às posições do presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Durante o discurso, fontes no Itamaraty afirmaram que a fala do embaixador brasileiro Ronaldo Costa filho foi uma assonância, sem diálogo com Bolsonaro.

    A diplomacia brasileira está criando fatos consumados no terreno no qual o presidente não irá conseguir recuar, empurrando o país no curso que sempre teve em situações de crise.