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    Retratada em documentário vencedor do Oscar, oposição da Rússia atravessa crise

    Navalny, o maior crítico russo ao presidente Vladimir Putin, está cumprindo 11 anos e meio de prisão

    Líder de oposição russo Alexei Navalny aparece em telão durante audiência judicial em Moscou
    Líder de oposição russo Alexei Navalny aparece em telão durante audiência judicial em Moscou 24/05/2022REUTERS/Evgenia Novozhenina

    Mark TrevelyanAndrew Osbornda Reuters

    Londres

    Críticos do Kremlin foram aplaudidos esta semana com a conquista de um Oscar por um documentário ocidental sobre o político de oposição preso Alexei Navalny, mas seu movimento político está atravessando uma crise.

    Navalny, o maior crítico russo ao presidente Vladimir Putin, está cumprindo 11 anos e meio de prisão na Rússia depois de ser condenado por fraude em dois casos que ele e o Ocidente dizem ter sido forjados para silenciá-lo. Sua organização anticorrupção também foi banida por ser considerada extremista.

    Seus partidários o colocaram como uma versão russa de Nelson Mandela, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato e um dia será libertado da prisão injusta para liderar a Rússia. O advogado que se tornou ativista continua sendo um crítico feroz do Kremlin, divulgando, de trás das grades, declarações regulares por meio de seus advogados.

    Mas sua Fundação Anticorrupção (ACF), que agora opera fora da Rússia, está cambaleando depois que seu chefe de gabinete, Leonid Volkov, admitiu que — sem o conhecimento de seus colegas — pressionou a União Europeia para suspender as sanções contra Mikhail Fridman, um dos homens mais ricos da Rússia.

    Volkov se desculpou pelo que disse ser “um grande erro político” e disse que estava tirando um tempo de seu cargo de presidente da ACF. No entanto, alguns membros da oposição ficaram furiosos, dizendo que a ACF deveria estar tentando acelerar a morte política de Putin em vez de ajudar empresários ricos.

    “Isso inflige danos colossais à imagem da oposição russa”, disse Vladimir Milov, um aliado de Navalny e ex-vice-ministro da Energia. “Depois disso será necessário restaurar a reputação da oposição russa no Ocidente.”