Retomada de viagens do Brasil vai ser com base na ciência, diz EUA
O secretário de estado Mike Pompeo declarou que as decisões seguem um conjunto de métricas que vale para todos os países
O secretário de estado norte-americano, Mike Pompeo, disse nesta quarta-feira (8), que a retomada das viagens entre o Brasil e os Estados Unidos vai depender de um conjunto de dados que vale para todos os países. Durante entrevista coletiva em Washington, DC, Pompeo declarou ainda que as decisões americanas para entrada de turistas serão baseadas na ciência e não na boa relação política entre os países.
Ao ser questionado pela repórter da Folha de S. Paulo, Marina Dias, se o presidente Jair Bolsonaro precisava mudar a abordagem dele sobre a pandemia do novo coronavírus após ter testado positivo para a Covid-19, o secretário americano disse que “o presidente Bolsonaro é perfeitamente capaz de tomar suas próprias decisões sobre como proceder em relação à saúde do país.”
Pompeo contou ainda que conversou nessa terça-feira (7), com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, “sobre essa e muitas outras coisas”. No entanto, o americano descartou que a boa relação entre os dois países conceda privilégios ao Brasil quando o assunto é a segurança da saúde dos americanos.
“A nossa relação com o Brasil não é diferente de nenhum outro país. Nós estamos avaliando um conjunto de métricas que dirão quando vai ser apropriado e seguro para a população americana”, disse o secretário. “Vamos avaliar cada um dos países separadamente e tomar decisões baseadas em ciência e razão, não em política.”
Desde o da 24 de maio, pessoas que estiveram no Brasil nos últimos 14 dias estão proibidas de entrar nos Estados Unidos. Segundo a Casa Branca, a medida foi tomada porque o Brasil está “experienciando uma transmissão generalizada e contínua de pessoa a pessoa” do novo coronavírus, o que pode ser uma “ameaça a segurança do sistema de infraestrutura de transportes e a segurança nacional”.