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    Resposta de Israel ao Irã: “Todas as opções estão na mesa”

    Mesmo que os EUA tenham deixado claro que se opõem a um ataque às instalações nucleares iranianas, o ministro da Defesa israelense disse que o país não descartou nenhuma ideia

    Da CNN

    Israel disse que está coordenando uma resposta ao Irã com a ajuda dos Estados Unidos, mas afirmou que qualquer decisão será tomada de forma independente, disse à CNN o ministro da Defesa israelense Yoav Gallant.

    Mesmo que os EUA tenham deixado claro que se opõem a um ataque às instalações nucleares iranianas, Gallant disse que Israel não descartou nenhuma de suas opções.

    “Todas as opções estão na mesa”, disse Gallant, que se reunirá com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, na quarta-feira (9) para coordenar as ameaças do Irã e seus representantes.

    “Israel tem capacidade para atingir alvos próximos e distantes – nós provamos isso. Nós responderemos ao ataque iraniano de forma adequada. Nós não vamos ficar parados e nem a comunidade internacional deve,” disse Gallant.

    Gallant tornou-se um dos principais interlocutores de Israel com os EUA, falando frequentemente com Austin e altos funcionários da Casa Branca. Ele também se encontrou no domingo com o general Michael Erik Kurilla, chefe do Comando Central dos EUA, para discutir a retaliação planejada por Israel contra o Irã.

    O ministro também elogiou o sucesso da operação israelense contra o Hezbollah até agora, dizendo que Israel “desmantelou uma grande parte de suas capacidades” e que o grupo libanês agora enfrenta “uma falta de comando e controle.”

    O ministro da Defesa disse que a operação terrestre continua limitada a atacar posições do Hezbollah mais próximas da fronteira, mesmo com a expansão da operação nos últimos dias.

    Gallant argumentou que os golpes que Israel tem dado contra o Hezbollah “fizeram uma fenda que agora abre a porta para a mudança não só no Líbano, mas em todo o Oriente Médio.”

    Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio

    ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio.

    De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares. São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.

    Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos. O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.

    As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.

    No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.

    Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino. Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense.

    A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.

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