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    Reservistas da Força Aérea de Israel ameaçam deixar serviço voluntário devido à reforma do Judiciário

    Esse é o último sinal de oposição dentro da instituição às mudanças de longo alcance promovidas pela coalizão religiosa e nacionalista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu

    Henriette Chacarda Reuters , Jerusalém

    Mais de mil reservistas da Força Aérea de Israel ameaçaram, nesta sexta-feira (21), parar de se voluntariar para o serviço caso o governo prossiga com uma planejada reforma do Judiciário, que será apresentada ao Parlamento na próxima semana.

    A carta, assinada por 1.142 reservistas, incluindo centenas de pilotos, foi o último sinal de oposição dentro das Forças Armadas às mudanças judiciais de longo alcance que estão sendo promovidas pela coalizão religiosa e nacionalista do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

    Veteranos da Força Aérea dizem que cerca de metade das tripulações enviadas para missões de combate é de reservistas que se voluntariam após o serviço militar obrigatório.

    Antes de o Parlamento entrar em recesso de verão em 30 de julho, os parlamentares devem votar na próxima semana um projeto de lei que impediria a Suprema Corte de anular decisões tomadas pelo governo que considere “irracionais”.

    Os defensores das mudanças judiciais dizem que elas restaurariam o equilíbrio entre os poderes do governo, enquanto os críticos afirmam que os planos removeriam controles e equilíbrios vitais.

    A iniciativa provocou meses de protestos sem precedentes em todo o país, prejudicou a economia e despertou a preocupação dos aliados ocidentais de Israel.

    Em carta endereçada aos parlamentares, ao chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e ao chefe da Força Aérea, os reservistas pediram acordos amplos sobre a reforma judicial e que o governo mantenha a independência do Judiciário.

    “A legislação que permite que o governo aja de maneira extremamente irracional prejudicará a segurança do Estado de Israel, causará uma perda de confiança e violará meu consentimento para continuar arriscando minha vida e levará, com profunda tristeza e sem escolha, a uma suspensão do meu dever de reserva voluntária”, escreveram os reservistas na carta.

    A Reuters não conseguiu verificar de forma independente a identidade dos reservistas.

    O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, respondeu à carta desta sexta-feira em um tuíte, dizendo que “recusar o serviço era perigoso para o país”.

    O gabinete do porta-voz militar não forneceu formalmente os números dos protestos dos reservistas, mas o Chefe do Estado-Maior Herzi Halevi disse na quarta-feira que as forças armadas estavam trabalhando para preservar a capacidade e a unidade.

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