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    Reino Unido planeja aumentar em 30% repasses financeiros à OMS

    Em discurso já gravado que será exibido neste sábado na Assembleia Geral da ONU, premiê Boris Johnson pede reformas na entidade, mas defende cooperação mundial

    William James, , da CNN, em São Paulo

    Em discurso gravado que será exibido na Assembleia Geral das Nações Unidas neste sábado (26), o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se compromete a aumentar em 30% o financiamento do Reino Unido para a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao mesmo tempo em que pede reformas no órgão de saúde global e faz um apelo pelo “renascimento da cooperação transfronteiriça”.

    Em sua fala, Johnson avalia que a pandemia de Covid-19 aumentou as barreiras ao comércio. Diante disso, ele apresenta um plano de cinco pontos para melhorar a resposta internacional a futuras pandemias.

    “Depois de nove meses lutando contra a Covid-19, a própria noção de comunidade internacional parece esfarrapada”, ele diz, segundo extratos de seu discurso antecipados por seu gabinete.

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    “A menos que nos unamos e voltemos nosso fogo contra nosso inimigo comum, sabemos que todos perderão. Agora é a hora, portanto, para a humanidade cruzar as fronteiras”.

    Seu plano inclui uma rede global de centros de pesquisa, mais capacidade de fabricação de vacinas e um acordo para reduzir as tarifas de exportação impostas no início da pandemia de Covid-19.

    Johnson vai comprometer um montante inicial de 71 milhões de libras (cerca de R$ 500 milhões) para a parceria global de vacina conhecida como Covax para garantir os direitos de compra de 27 milhões de doses, e também colaborações para uma iniciativa separada para ajudar os países em desenvolvimento a ter acesso a uma vacina.

    Johnson também anunciará £ 340 milhões (mais de R$ 2 bilhões) em financiamento para a OMS distribuídos por quatro anos — um aumento de 30% em relação ao compromisso de quatro anos antes — com cerca de um terço do dinheiro dependente da reforma da organização.

    O Reino Unido, junto com a França e a Alemanha, expressa apoio à OMS, embora cobre reformas do órgão, que enfrenta críticas por sua resposta à pandemia.

    Em julho, os Estados Unidos deram um “aviso prévio de um ano” de deixarão a OMS, depois que Trump acusou a agência de saúde da ONU de agir sob influência do governo da China e de ter lidado mal com a pandemia do novo coronavírus.

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