Reino Unido diz que Rússia busca reforçar seu exército após aumento de perdas
Estratégia incluiria utilizar pessoal dispensado do serviço militar desde 2012; Kremlin admitiu baixas "significativas"
A inteligência militar do Reino Unido, em boletim sobre a situação da guerra divulgado neste domingo (10), afirmou que as forças armadas russas tentam fortalecer o exército com pessoal dispensado do serviço militar desde 2012, em resposta ao “aumento de perdas” no conflito.
Esse esforço também incluiria a tentativa de recrutar combatentes da região da Transnístria, na Moldávia, ainda segundo o relatório do Ministério da Defesa britânico publicado no Twitter.
Isso acontece dias após o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, admitir que a Rússia sofreu perdas “significativas” de suas tropas na Ucrânia. Ainda assim, Peskov não relacionou isso à retirada do exército russo de algumas regiões.
No sábado (9), a inteligência militar britânica disse que a Rússia continua a atacar civis e que o foco de seu exército está nas regiões de Donbass, Mariupol e Mykolaiv.
Além disso, a instituição fez a previsão de que os combates e ataques aéreos devem aumentar no sul e leste da Ucrânia, visando auxiliar a operação nas regiões citadas acima.
Também no sábado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, esteve em Kiev, em uma espécie de “visita surpresa”, já que não foi divulgada anteriormente tanto pelo Reino Unido quanto pela Ucrânia.
Nove corredores humanitários serão abertos neste domingo, diz Ucrânia
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, anunciou a abertura de nove corredores humanitários neste domingo (10) para as regiões de Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk.
Segundo o comunicado, está prevista a evacuação de cidadãos para Zaporizhzhia das cidades de Mariupol – apenas por transporte próprio -, Berdyansk, Tokmak e Enerhodar – estas três com transporte próprio e ônibus.
Na região de Luhansk, as pessoas poderão se dirigir à cidade de Bakhmut a partir de Severodonetsk, Lysychansk, Popasna, Rubizhne, Gorsky.
No sábado (9), foram abertos 10 corredores humanitários, segundo Vereshchuk.