Reino Unido anuncia ajuda militar de 130 milhões de dólares para Ucrânia
Primeiro-ministro também declarou querer trabalhar com a Alemanha para diminuir a dependência da Europa em relação à energia russa
O Reino Unido enviará à Ucrânia mais 100 milhões de libras — cerca de US$ 130 milhões — de apoio militar, disse o primeiro-ministro Boris Johnson na sexta-feira (8) após uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz.
Johnson, que recebeu o novo chanceler alemão pela primeira vez em seu escritório em Downing Street, disse que as duas nações da Europa Ocidental também concordaram em cooperar mais estreitamente em assuntos de energia para reduzir a dependência da Europa em relação às importações russas.
O primeiro-ministro britânico também condenou um ataque russo a uma estação de trem no leste da Ucrânia, lotada de mulheres, crianças e idosos fugindo do conflito, que, segundo as autoridades ucranianas, matou pelo menos 50 pessoas.
“O ataque mostra as profundezas a que se afundou o exército-fantasma de Putin”, disse Johnson numa conferência de imprensa. “É um crime de guerra atacar indiscriminadamente civis, e os crimes da Rússia na Ucrânia não passarão despercebidos ou impunes”.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que a estação foi usada apenas pelos militares da Ucrânia, e que suas forças armadas não tinham alvos designados na cidade onde o ataque ocorreu na sexta-feira.
A Reuters não pôde verificar o que aconteceu na estação.
Johnson disse que o Reino Unido enviaria equipamento militar de alta qualidade para as forças armadas da Ucrânia, incluindo mais mísseis antiaéreos Starstreak, um sistema britânico de defesa aérea de curto alcance.
Ele também prometeu 800 mísseis antitanque, bem como outras munições de precisão guiadas e mais capacetes, aparelhos de visão noturna e blindagem corporal.
No início da sexta-feira, o Reino Unido impôs sanções a duas filhas adultas do presidente russo Vladimir Putin, espelhando um movimento dos Estados Unidos.
Johnson também saudou os esforços da Alemanha para reduzir sua forte dependência do petróleo e gás russos e disse que seu país e a Alemanha compartilhariam sua experiência em energia renovável.
“Não podemos transformar nossos respectivos sistemas energéticos da noite para o dia, mas também sabemos que a guerra de Putin não terminará da noite para o dia”, disse Johnson.