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    “Regras pesadas podem matar IA”, diz Vance aos europeus em Paris

    Vice-presidente dos EUA participou da cúpula sobre a tecnologia na capital francesa

    Jeffrey DastinElizabeth Howcroftda Reuters

    O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, alertou os europeus nesta terça-feira (11) que o que ele chamou de regulamentação excessiva da inteligência artificial pode estrangular a tecnologia e rejeitou a moderação de conteúdo como “censura autoritária”.

    O clima em relação à IA mudou à medida que a tecnologia se enraíza, passando de uma preocupação com a segurança para uma competição geopolítica, enquanto países lutam para criar o próximo grande gigante da Inteligência Artificial.

    Vance, que foi direto ao definir a agenda America First do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que os Estados Unidos pretendem continuar sendo a força dominante em IA e se opôs fortemente à abordagem regulatória muito mais rígida da União Europeia.

    “Acreditamos que a regulamentação excessiva do setor de IA pode matar um setor transformador”, afirmou o vice-presidente em uma cúpula de IA em Paris.

    Ele continuou dizendo ter a firme convicção de que a IA “deve permanecer livre de preconceitos ideológicos e que a tecnologia americana não será cooptada como uma ferramenta de censura autoritária”.

    Vance alega que navegar pelas regras de privacidade on-line da Europa, conhecidas pelo acrônimo GDPR, significava custos infinitos de conformidade legal para empresas menores.

    O mundo da tecnologia tem observado atentamente se o governo Trump aliviaria a recente fiscalização antitruste que levou os EUA a processar ou investigar os maiores participantes do setor.

    Mundo observa IA no novo governo americano 

    Embora o vice-presidente tenha afirmado que os Estados Unidos defenderão a IA norte-americana — que os grandes players desenvolvem — ele também declarou: “Nossas leis manterão a Big Tech, a pequena tecnologia e todos os outros desenvolvedores em igualdade de condições”.

    Segundo ele, o mundo deveria ser cético quando os operadores históricos pedem regulamentações de segurança que poderiam reforçar seu status poderoso.

    No ano passado, os legisladores europeus aprovaram a Lei de IA do bloco, o primeiro conjunto abrangente de regras do mundo que rege a tecnologia. Os gigantes da tecnologia e algumas capitais estão pressionando para que ela seja aplicada de forma branda.

    No primeiro dia da cúpula, o anfitrião, o presidente da França, Emmanuel Macron, pediu que a Europa diminuísse a burocracia para facilitar o florescimento da IA na região, depois que o governo Trump, ao desfazer os guardais da IA, revelou até que ponto as estratégias em relação à tecnologia nos Estados Unidos, na China e na Europa divergiram.

    Vance está liderando a delegação norte-americana na cúpula, onde representantes de quase 100 países, incluindo China, Índia e Estados Unidos, se reunirão para determinar se os interesses nacionais concorrentes podem ser conciliados.

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