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    EUA têm hospitais com leitos lotados; enfermeiros avaliam greve na Filadélfia

    Com alta de casos do novo coronavírus, EUA registram hospitais com leitos de UTI lotados. Na Filadélfia, 1.500 enfermeiros ameaçam greve por falta de segurança

    Funcionários de hospital no Brooklyn, em Nova York, transportam corpos de pessoas mortas pelo novo coronavírus
    Funcionários de hospital no Brooklyn, em Nova York, transportam corpos de pessoas mortas pelo novo coronavírus Foto: Andrew Kelly - 4.abr.2020/ Reuters

    Por Kay Jones, Brad Parks, Alec Snyder e Rebekah Riess da CNN

    Hospitais em algumas regiões dos Estados Unidos passam por grande pressão em meio à alta de casos de Covid-19, com alguns atingindo a capacidade total de leitos. Na região de Filadélfia, 1.500 enfermeiros ameaçam entrar em greve por falta de segurança para os próprios profissionais e pacientes.

    O Departamento de Saúde do Mississippi anunciou nesta quarta-feira (11) que as hospitalizações por Covid-19 do estado “estão no caminho certo para o nível de crise que vimos no verão (primeiro semestre)”, alertando que, se mudanças não fossem feitas imediatamente, haverá uma escassez crítica de atendimentos básicos para pessoas com outras doenças ou ferimentos.

    Em meio à escalada de casos, o governador do Mississippi, Tate Reeves, estendeu a obrigatoriedade de uso de máscaras para regiões do estado até 11 de dezembro.

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    No Wisconsin há registros de superlotação. Segundo a rede de hospitais comunitários Mayo Clinic Health System, alguns centros de saúde no noroeste do estado já ocuparam toda a capacidade, com 100% dos leitos ocupados.

    A rede disse que pacientes com Covid-19 ocupam metade dos leitos de UTI e 40% dos leitos cirúrgios regulares. Ainda segundo comunicado, esses pacientes constumam ficar no hospital de 2 a 3 vezes mais tempo que os demais.

    “O público precisa urgentemente tratar a Covid-19 como uma emergência de saúde para evitar que o sistema de saúde seja sobrecarregado”, disse a Mayo Clinic Health System em uma declaração enviada à CNN na quarta-feira.

    Ainda segundo o comunicado, aproximadamente 300 funcionários do hospital em Wisconsin estão com restrições de trabalho devido à exposição ao Covid-19;

    “Enquanto estamos adiando temporariamente os procedimentos eletivos para liberar leitos para pacientes da Covid-19, o público precisa entender que continuamos a cuidar de outros doentes além dos pacientes da Covid – continuamos abertos para trauma, atendimento de emergência e necessidades de cuidados urgentes”, disse o comunicado.

    Greve de enfermeiros

    Enquanto isso, pelo menos 1.500 enfermeiros na Filadélfia estão prestes a declarar greve, de acordo com um porta-voz da Associação de Enfermeiros e Profissionais Aliados da Pensilvânia (PASNAP).

    As enfermeiras sentem que foram “empurradas para o limite por uma equipe insegura que compromete seriamente a segurança dos pacientes”, de acordo com a nota.

    “Os enfermeiros da linha de frente em quatro hospitais da Filadélfia tomaram medidas em direção a uma greve para proteger seus pacientes e a si mesmas à beira de uma segunda onda mortal da pandemia Covid-19”, disse o comunicado. “Os enfermeiros estão buscando um compromisso com níveis mínimos seguros de pessoal de cada um dos quatro hospitais”, acrescenta.