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    Reféns estão mantidos em “câmaras de tortura” em Kherson, diz funcionário ucraniano

    De acordo com autoridade ucraniana, mais de 600 pessoas estão detidas na cidade

    Hannah RitchieJosh Smithda CNN

    Cerca de 600 pessoas estão “retidas como reféns” em “salas equipadas como câmaras de tortura” e instalações de “detenção preventiva” na região de Kherson, ocupada pela Rússia, de acordo com uma autoridade ucraniana.

    Dos 600, metade está “sendo refém no prédio da administração estadual regional de Kherson, em um centro de detenção pré-julgamento e na escola vocacional nº 17 na cidade de Henichesk”, disse Tamila Tasheva, representante do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ao Crimeia, disse durante um discurso televisionado na terça-feira, citando agências governamentais e ativistas que fugiram recentemente do território ocupado.

    A CNN não pode verificar de forma independente a alegação de Tasheva e entrou em contato com o Ministério da Defesa russo para obter uma resposta às alegações.

    Os detidos foram descritos por Tasheva como “reféns civis, ativistas, jornalistas e prisioneiros de guerra militares (POWs)”, alguns dos quais ela alegou terem sido levados de Kherson para Simferopol – a segunda maior cidade da Crimeia ocupada pelos russos.

    Quase toda Kherson – localizada no sul da Ucrânia – foi ocupada pela Rússia desde sua invasão no final de fevereiro.

    Autoridades ucranianas estimam que pelo menos metade da população civil de Kherson deixou a região durante a guerra.

    No final de maio, a administração instalada pela Rússia em Kherson fechou oficialmente as fronteiras da região para as áreas vizinhas controladas pelo governo ucraniano.

    A mudança ocorreu depois que os pontos de saída de Kherson já estavam bloqueados não oficialmente há semanas, segundo autoridades ucranianas, que alegaram que qualquer pessoa que quisesse deixar a região estava sendo enviada para a Crimeia.

    Esforços do governo instalado pela Rússia em Kherson para estabelecer bases militares e avançar o que autoridades dos EUA e da Ucrânia dizem que seria um referendo falso para tornar a região uma “República”, espelhando outras regiões apoiadas pela Rússia no leste da Ucrânia, estão em andamento.

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