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    Reduzir a dependência energética da Rússia é questão existencial, diz chefe da UE

    Josep Borrel, chefe de política externa da União Europeia, também afirmou que a mobilização de recursos tem ganhado tração: "A guerra não espera por burocracias"

    Tamara Nassifda CNN* , em São Paulo

    A invasão à Ucrânia pela Rússia mostra que a tarefa existencial da União Europeia é reduzir a dependência de petróleo e gás russos e transicionar para fontes renováveis ​​e hidrogênio, disse o chefe de política externa do bloco, Josep Borrell, nesta segunda-feira (28).

    “A questão energética não ficará de fora deste conflito, gostemos ou não”, disse Borrell em entrevista coletiva. “Temos uma dependência do gás russo, e é uma política existencial reduzir essa dependência.”

    Contudo, a mudança para a Europa, que importa da Rússia cerca de 40% de todo o gás que consome, não será fácil. “Haverá turbulência nos mercados e isso aumentará os preços, que serão sentidos pelos consumidores”, disse.

    “Talvez possamos introduzir subsídios para proteger os mais vulneráveis, mas estamos em uma situação em que nossas ações e reações terão consequências econômicas. Temos de estar preparados para isso”, disse.

    Ajuda à Ucrânia

    Durante a coletiva, o chefe da diplomacia da União Europeia também disse que a “mobilização de recursos” do bloco para assistência à Ucrânia está caminhando a passos rápidos.

    “É preciso agir depressa, porque a guerra continua e não espera por burocracias”, declarou Borrell. “Nós estamos monitorando os pedidos da Ucrânia de acordo com suas necessidades e nossas ofertas por parte dos estados-membros da União Europeia, garantindo uma maior eficácia e coordenação do nosso apoio. Assim, teremos também uma boa coordenação com a Otan.”

    As declarações de Borrel ocorrem após uma reunião virtual com os Ministros da Defesa do bloco. Segundo o diplomata, a União Europeia decidiu por não só fornecer apoio às forças armadas ucranianas com o envio de arsenais bélicos, mas também pela mobilização de satélites de monitoramento e serviços de inteligência.

    No último domingo (27), Borrel também anunciou que o bloco decidiu fornecer 450 milhões de euros com medidas de apoio econômico à Ucrânia e fomento de proteção. “Podemos agir rápido em uníssono ao adotar esse norte estratégico, que é uma forma de sublinhar a necessidade da Europa de acordar em dimensões de segurança e de defesa.”

    A assistência financeira vem com o banimento de voos vindos da Rússia, como anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no domingo.

    “Primeiro, estamos fechando o espaço aéreo da UE para aeronaves de propriedade russa, registradas na Rússia ou controladas pelo país. Elas não poderão pousar, decolar ou sobrevoar o território da União Europeia”, disse. “Incluindo os jatos particulares dos oligarcas”.

    Novas sanções a Belarus também devem seguir a esteira: o objetivo é introduzir medidas restritivas aos setores mais importantes do país do Leste Europeu, como exportação de minério de ferro, tabaco e aço.

    Confira abaixo uma linha do tempo que explica o conflito entre os dois países europeus:

    *Sob supervisão de Kaluan Bernardo. Com informações da Reuters.

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