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    Rebelião do Grupo Wagner demonstra fraqueza do regime russo, diz chefe da Otan

    Segundo Stoltenberg, ação de mercenários mostrou que Putin cometeu um "grande erro estratégico" ao invadir a Ucrânia

    Sabine SieboldCharlotte Van CampenhoutBart Meijerda Reuters , em Bruxelas

    A rebelião iniciada e abortada pelo grupo mercenário Wagner contra a Rússia demonstrou a fraqueza do regime russo e o erro do Kremlin em travar uma guerra contra a Ucrânia, disse o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira (26).

    “Claro, é uma demonstração de fraqueza”, disse ele em uma visita à Lituânia. “Também demonstra como é difícil e perigoso para o presidente (Vladimir) Putin depender de mercenários, que na verdade se voltaram contra ele”, acrescentou.

    Stoltenberg também afirmou que o motim do grupo paramilitar contra Moscou demonstra a fragilidade do regime russo, mas reforçou que não cabe à Otan intervir nessas questões.

    “Os eventos do fim de semana são um assunto interno da Rússia e mais uma demonstração do grande erro estratégico que o presidente (Vladimir) Putin cometeu com sua anexação ilegal da Crimeia e na guerra contra a Ucrânia”, declarou. “Não cabe à Otan intervir nessas questões”, completou.

    Armas nucleares

    Stoltenberg disse que a Otan está monitorando a situação em Belarus e condenou novamente o anúncio de Moscou de implantar armas nucleares nesse país

    “Não vemos nenhuma indicação de que a Rússia esteja se preparando para usar armas nucleares, mas a Otan permanece vigilante”, disse ele, acrescentando que a dissuasão da organização é forte o suficiente para manter seu povo seguro em um “mundo mais perigoso”.

    Ao mesmo tempo, Stoltenberg disse que Kiev terá o apoio contínuo da Otan.

    “Se a Rússia pensa que pode nos intimidar de apoiar a Ucrânia, ela falhará”, disse ele. “Estamos com a Ucrânia o tempo que for necessário.”

    Stoltenberg esteve na Lituânia para participar de um exercício que testará o rápido reforço do grupo de batalha da Otan liderado pela Alemanha no país ao tamanho de uma brigada, uma unidade militar composta por até 5.000 soldados, cenário a ser decretado em caso de tensões elevadas ou um conflito com a Rússia.

    Ele descreveu os exercícios como uma mensagem clara de que a Otan está pronta para defender cada centímetro do território aliado.

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