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    Rebeldes sírios anunciam controle de cidade perto da fronteira com Israel

    Mais cedo reforços do Exército israelense foram enviados para a região

    Anna LubowickaLisa Giles-Keddieda Reuters

    As forças rebeldes sírias declararam neste sábado (7) que tomaram o controle da cidade de Quneitra no Golã sírio, perto da fronteira com Israel, confirmaram dois rebeldes e um oficial sírio à Reuters.

    O vídeo de uma testemunha ocular mostra os rebeldes do lado de fora do QG do Ministério do Interior do Distrito de Quneitra anunciando “a libertação de todo o distrito e da Cidade de Al-Baath”.

    A Reuters conseguiu confirmar a localização como Distrito de Quneitra nas Colinas de Golã, que fica a aproximadamente 3 quilômetros da fronteira com Israel.

    Os rebeldes sírios aceleraram a investida relâmpago neste sábado (7), informando haver tomado a maioria da região sul, enquanto forças do governo se posicionavam para defender a principal cidade central de Homs, em uma tentativa de salvar o governo de 24 anos do presidente Bashar al-Assad.

    Além de capturar Aleppo no norte, Hama no centro e Deir al-Zor no leste, os rebeldes disseram que tomaram o sul de Quneitra, Daraa e Suweida e avançaram 50 km em direção à capital síria.

    Entenda o conflito na Síria

    A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

    O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

    Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

    Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.

    A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

    Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

    Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, segundo a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.

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