Rebeldes da Síria divulgam vídeo de suposta instalação militar capturada
Local fica próximo à cidade de Hama, no centro do país; Exército saiu da região
Um vídeo divulgado por uma mídia afiliada aos rebeldes da Síria na quarta-feira (4) mostra o que seriam veículos do Exército sírio abandonados em uma instalação militar perto da cidade de Hama.
A Reuters conseguiu confirmar a localização do vídeo. O local fica a aproximadamente 8 quilômetros a nordeste do centro de Hama. A data em que as imagens foram feitas não foi verificada de forma independente.
Veja momento:
A Reuters não conseguiu checar a afiliação das pessoas presentes nas imagens ou a quem pertenciam os veículos.
Rebeldes expulsaram forças pró-governo de Hama nesta quinta-feira (5), após avanço do conflito no norte do país.
O Exército da Síria disse que saiu da cidade “para preservar a vida dos civis e prevenir combate” após o que classificou como “confrontos intensos”.
Entenda o conflito na Síria
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.