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    Realidade mostra mais um “segundo governo Macri” do que de Milei na Argentina, diz professor

    À CNN Rádio, Leonardo Trevisan afirmou que discurso e atitudes de Milei são “simbólicas” e que a “realidade se impõe”

    Amanda Garciada CNN

    Hoje, na Argentina, temos um “segundo governo [Mauricio] Macri e não necessariamente um governo Javier Milei”, segundo o professor de relações internacionais da ESPM Leonardo Trevisan.

    À CNN Rádio, ele explicou que os gestos simbólicos de Milei – a exemplo de quebrar o protocolo da posse e discursar para apoiadores ao invés do Congresso – estão “longe do que ele prometeu na economia.”

    “Uma coisa é a simbologia, as palavras, o discurso, isso ocupa as redes sociais, mas a realidade é outra”, completou.

    Trevisan explica que Milei, para ser eleito, teve de “bater na porta de Macri, que é de centro-direita, para que o apoiasse.”

    “Quem nomeou o presidente do Banco Central e o novo ministro da economia foi Macri”, destacou.

    Veja mais: Milei indica que mudanças na Argentina não serão rápidas, diz especialista

    Para Trevisan, a realidade se impõe: “as gritarias são simbólicas, os fatos, o dia a dia, não é desse jeito.”

    “A realidade da Argentina é de um país quebrado (…), e Milei sabe que terá que tomar remédios amargo com intensidade maior do que se supõe para mudar o quadro”, avaliou.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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