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    Quem são os candidatos à Presidência nas eleições dos Estados Unidos de 2024

    Além de Joe Biden e Donald Trump, outros nomes estão na disputa pela nomeação à candidatura da Casa Branca; Conheça quem são eles

    Mulher vota em Falls Church, no Estado da Virginia, EUA
    Mulher vota em Falls Church, no Estado da Virginia, EUA 07/11/2023REUTERS/Kevin Lamarque

    Da CNN

    Dois republicanos disputam a indicação do partido para disputar as eleições gerais de 2024 nos Estados Unidos, enquanto o presidente Joe Biden é o candidato do partido Democrata. Vários candidatos de outros partidos também se juntaram à corrida.

    Veja abaixo a lista de candidatos às eleições americanas.

    Partido Republicano

    Donald Trump

    O ex-presidente Donald Trump lançou sua campanha para voltar à Casa Branca em novembro de 2022, com o objetivo de se tornar a segunda pessoa a vencer dois mandatos não consecutivos à Presidência nos EUA.

    Trump continua negando o resultado das eleições de 2020, que perdeu para Joe Biden, e promove teorias de conspiração infundadas sobre fraude eleitoral.

    Ele sofreu impeachment duas vezes pela Câmara dos Deputados dos EUA, inclusive por seu papel no incitamento à insurreição do dia 6 de janeiro de 2021 no Capitólio do país após a derrota eleitoral.

    Ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump / 16/12/2023 REUTERS/Brian Snyder

    Em agosto de 2023, Trump enfrentava 91 acusações criminais em quatro casos distintos contra ele, incluindo sobre esforços para anular o resultado das eleições de 2020 e o suposto tratamento indevido de documentos confidenciais após deixar o cargo.

    Trump, de 77 anos, classificou as acusações como uma caça às bruxas política para impedir seu retorno à Casa Branca por mais quatro anos, uma afirmação que o Departamento de Justiça negou.

    O republicano afirmou que reformaria partes importantes do governo federal e cortaria programas de redes de segurança social. Ele também prometeu vingança contra seus oponentes políticos e disse que nomearia um promotor especial para “ir atrás” de Biden e sua família.

    Donald Trump nasceu na cidade de Nova York e se formou em Economia pela Universidade da Pensilvânia.

    Antes de se tornar presidente, em 2016, era um incorporador imobiliário e empresário, também tendo participado de um reality show, como apresentador do programa “O Aprendiz”.

    Ele tem cinco filhos e é casado com Melania Trump.

    Nikki Haley

    Ex-governadora da Carolina do Sul e ex-embaixadora do governo de Donald Trump na Organização das Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, de 52 anos, lançou sua campanha presidencial em fevereiro de 2023, clamando por uma nova geração de liderança no partido Republicano.

    Sua campanha se concentra fortemente na responsabilidade econômica, na segurança nacional e no fortalecimento da fronteira sul. Ela também enfatizou sua relativa juventude em comparação a Biden, de 81 anos, e Trump, de 77. Além disso, enalteceu sua origem como filha de imigrantes indianos.

    Haley ganhou reputação no partido Republicano como uma conservadora sólida que tem a capacidade de abordar questões de gênero e de raça de uma forma mais aceitável do que muitos dos seus pares.

    Pré-candidata presidencial republicana Haley faz campanha em Atkinson, New Hampshire, EUA / 14/12/2023 REUTERS/Brian Snyder/Arquivo

    Ela também se apresentou como uma forte defensora dos interesses americanos no exterior e argumentou que o estilo de gestão de Trump é muito caótico e divisivo para ser eficaz.

    Se tiver sucesso nas primárias, Haley seria a primeira mulher e a primeira ásio-americana indicada pelo partido Republicano para presidente dos EUA.

    Ela foi eleita pela primeira vez para a Câmara da Carolina do Sul em 2004 e, seis anos depois, se tornou a primeira mulher eleita governadora daquele estado e a governadora mais jovem do país quando assumiu o cargo, em 2011.

    Ela renunciou no meio de seu segundo mandato, em 2017, para se tornar embaixador dos EUA nas Nações Unidas. Ela serviu nessa função até o final de 2018.

    Seu nome de nascença é Nimarata Nikki Randhawa. Ela nasceu em Bamberg, na Carolina do Sul, filha de imigrantes indianos.

    Frequentou a Clemson University, onde conheceu seu marido, Michael Haley. Ele serviu no Afeganistão como parte da Guarda Nacional do Exército da Carolina do Sul em 2013, tornando Haley a primeira governadora na história dos EUA a ter seu cônjuge destacado.

    Ele está atualmente destacado no exterior para uma missão de um ano. Eles têm dois filhos.

    Ex-candidato do partido Republicano

    Ron Desantis

    O governador da Flórida, Ron DeSantis, desistiu da corrida presidencial em janeiro de 2024, poucos dias antes da realização das primárias de New Hampshire, e apoiou o ex-presidente Donald Trump.

    DeSantis, cuja propensão para entrar em conflitos culturais, principalmente contra o movimento “woke”, de esquerda, lançou sua candidatura à Casa Branca em maio de 2023, dizendo que estava concorrendo para “reverter o declínio” nos Estados Unidos e para oferecer um nova geração de liderança para o país.

    Governador da Flórida, Ron DeSantis / 01/06/2023 REUTERS/Brian Snyder

    Líder obstinado que ampliou os limites do Poder Executivo em seu estado, ele ganhou destaque nacional durante a pandemia de Covid-19 ao fazer da Flórida um dos primeiros estados a reabrir escolas. Também tomou medidas para proibir lockdowns, obrigatoriedade de máscaras e vacinas.

    Antes de se tornar governador, DeSantis representou um distrito do nordeste da Flórida na Câmara, de 2013 a 2018, e foi membro fundador do House Freedom Caucus.

    Ele foi um defensor veemente de Trump como congressista, mas os dois trocaram ataques fortes durante a campanha presidencial.

    DeSantis cresceu em Dunedin, na Flórida, e se formou na Universidade de Yale, onde foi capitão do time universitário de beisebol, antes de ingressar na Faculdade de Direito de Harvard. Ele serviu como oficial do corpo de avogados na Marinha dos EUA.

    Ron DeSantis e sua esposa, Casey, têm três filhos.

    Partido Democrata

    Joe Biden

    Joe Biden, de 81 anos, que já é o presidente mais velho dos EUA, terá que convencer os eleitores de que tem resistência para mais quatro anos no cargo, em meio a preocupações com sua idade e baixos índices de aprovação.

    No final de fevereiro deste ano, ele realizou um exame físico anual, no qual os médicos avaliaram que ele está saudável e apto para trabalhar.

    Os aliados de Biden dizem que ele acredita que é o único candidato democrata que pode derrotar Donald Trump.

    Ao anunciar sua candidatura, declarou que era seu trabalho defender a democracia americana, fazendo referência ao ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA por apoiadores de Trump. A vice-presidente Kamala Harris é novamente sua companheira de chapa.

    Presidente dos EUA Joe Biden em Washington / 3/12/2023 REUTERS/Nathan Howard

    Uma das principais questões levantadas na corrida eleitoral deste ano é a imigração. Com níveis recordes de travessias de migrantes na fronteira entre os EUA e o México durante sua administração e disputas com o governo do Texas sobre o assunto, Biden tenta rebater críticas da oposição.

    A economia também influenciará sua campanha de reeleição. Embora os EUA tenham escapado de uma recessão e estejam crescendo mais rapidamente do que os economistas esperavam, a inflação atingiu o nível mais alto dos últimos 40 anos em 2022 e o custo dos bens essenciais está pesando sobre os eleitores.

    Biden promoveu enormes pacotes de estímulo econômico e de gastos em infraestruturas para impulsionar a produção industrial dos EUA, mas recebeu pouco reconhecimento dos eleitores com isso.

    O democrata liderou a resposta dos governos ocidentais à invasão da Ucrânia pela Rússia, persuadindo os aliados a aplicar sanções contra a Rússia e apoiar Kiev.

    Enquanto isso, tem apoiado Israel no conflito com o Hamas na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que pressiona por mais ajuda humanitária.

    No entanto, ele enfrentou duras críticas de alguns colegas democratas por não apoiar um cessar-fogo permanente no território palestino, onde as autoridades de saúde dizem que quase 30 mil pessoas foram mortas, milhares de edifícios foram danificados ou destruídos e os residentes não têm comida, medicamentos e água suficientes

    Nas disputas presidenciais do partido Democrata, Biden venceu facilmente em New Hampshire, Carolina do Sul, Nevada e Michigan.

    Dean Phillips

    Deputado federal norte-americano Dean Phillips durante entrevista coletiva em Washington / 21/12/2020 REUTERS/Ken Cedeno

    Dean Phillips, um parlamentar pouco conhecido de Minnesota, anunciou em outubro que desafiaria Biden, porque não acredita que o presidente possa ganhar outro mandato.

    O empresário milionário de 55 anos e cofundador de uma empresa de sorvetes fez o anúncio em um vídeo de um minuto postado online, dizendo: “Temos alguns desafios. Vamos arrumar essa economia e vamos arrumar a América [Estados Unidos]”.

    Phillips não conseguiu conquistar nenhum delegado na votação primária da Carolina do Sul e ficou em segundo lugar em New Hampshire. Ele não apareceu na votação de Nevada.

    Ex-candidata do partido Democrata

    Marianne Williamson

    A autora de best-sellers e guru de autoajuda Marianne Williamson, de 71 anos, lançou sua segunda candidatura à Casa Branca em uma plataforma de “justiça e amor”.

    Ela concorreu como democrata nas primárias presidenciais de 2020, mas desistiu da disputa antes que qualquer voto fosse dado.

    Marianne Williamson, então pré-candidata democrata à Presidência / Scott Olson/Getty Images

    Williamson desistiu da campanha de 2024 em 7 de fevereiro. porque estava perdendo “a corrida de cavalos”, mas estava voltando para lutar contra a “visão sombria e autoritária” de Trump.

    Independentes

    Robert F. Kennedy Jr.

    Um ativista antivacina, Robert F. Kennedy Jr., de 70 anos, está concorrendo como candidato independente, depois de inicialmente desafiar Biden pela indicação democrata, mas está muito atrás nas pesquisas eleitorais.

    Algumas pesquisas anteriores da Reuters/Ipsos mostraram que Kennedy poderia prejudicar mais Biden do que Trump nas eleições presidenciais.

    Candidato presidencial Robert F. Kennedy Jr. anuncia campanha independente / 20/06/2023 REUTERS/Brian Snyder

    Ele é filho do senador norte-americano Robert F. Kennedy, assassinado em 1968 durante sua candidatura presidencial. Um anúncio surpresa durante o Super Bowl — a “final” da liga dos EUA de futebol americano — apresentando sua conexão com seu tio, o ex-presidente John F. Kennedy, irritou seus familiares e o levou a se desculpar.

    Kennedy foi suspenso do Instagram por espalhar desinformação sobre vacinas e a pandemia de Covid-19, mas foi reativado posteriormente.

    Também perdeu um processo para forçar o Google, proprietário do YouTube, a restabelecer vídeos dele questionando a segurança das vacinas contra a Covid.

    Cornel West

    O ativista político, filósofo e acadêmico Cornel West disse em junho de 2023 que lançaria uma candidatura de um terceiro partido à Presidência, que provavelmente atrairia eleitores progressistas e de tendência democrata.

    West, de 70 anos, inicialmente concorreu como candidato do Green Party (Partido Verde), mas, em outubro, afirmou que as pessoas “querem boas políticas em vez da política partidária” e anunciou sua candidatura como independente.

    Ele prometeu acabar com a pobreza e garantir moradia.

    Jill Stein

    Jill Stein, uma médica, renovou sua candidatura de 2016 pelo Green Party em 9 de novembro de 2023, acusando os democratas de trairem suas promessas “para os trabalhadores, a juventude e o clima repetidas vezes – enquanto os republicanos nem mesmo fazem tais promessas em primeiro lugar”.

    Stein, de 73 anos, arrecadou milhões de dólares para recontagens após a surpreendente vitória de Trump em 2016. Suas alegações renderam apenas uma revisão eleitoral em Wisconsin, que verificou que Trump havia vencido no estado.

    *com informações da Reuters