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    Quem é Viktor Orbán, líder de extrema direita da Hungria

    Primeiro-ministro húngaro é aliado de ex-presidente Jair Bolsonaro e compartilha mesma pauta conservadora

    Da CNN

    Viktor Orbán é primeiro-ministro da Hungria há quase 15 anos, tendo assumido o poder em 2010. Considerado um líder de extrema direita, ele enfrenta frequentemente críticas da comunidade internacional sobre os padrões democráticos, a liberdade dos meios de comunicação social e os direitos das minorias.

    O nome de Orbán voltou a circular na imprensa nesta segunda-feira (25), quando o jornal The New York Times revelou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na embaixada húngara no Brasil dias depois de ter seu passaporte apreendido em uma operação.

    Bolsonaro se encontrou com o primeiro-ministro da Hungria enquanto era presidente, tendo chamado o premiê de “irmão”. Saiba abaixo quem é Viktor Orbán.

    Quem é Viktor Orbán

    Viktor Orbán nasceu em 31 de maio de 1963. Advogado, ele fundou o partido Fidesz em 1988 e ganhou fama quando exigiu que as tropas soviéticas saíssem da Hungria durante uma cerimônia da morte do ex-primeiro-ministro Imre Nagy.

    Embora o partido tenha chegado ao Parlamento húngaro em 1990 com uma plataforma liberal e focado suas políticas nos eleitores jovens, Orbán transformou posteriormente o Fidesz em um grupo conservador dominante, apelando à classe média e aos empresários.

    Ele subiu ao posto de primeiro-ministro pela primeira vez em 1998, em mandato até 2002. Em 2010, foi eleito premiê novamente, conseguindo um quarto mandato consecutivo no poder no início de 2022.

    Nas últimas eleições, derrotou confortavelmente seus adversários, ajudado em grande parte por uma série de reformas institucionais que reforçaram o seu controle do poder e inclinaram o jogo político contra as vozes da oposição.

    Durante anos, a retórica e as políticas anti-imigrantes foram a marca da política externa de Viktor Orbán. A Hungria construiu uma cerca na sua fronteira sul após a crise migratória de 2015, por exemplo, e impôs algumas das regras de asilo mais rigorosas da Europa.

    Rejeitando a imigração como solução para o declínio demográfico da Hungria, Orbán se comprometeu, em vez disso, a aumentar as taxas de natalidade com a ajuda de uma tributação favorável à família.

    Ele também se apresentou como um defensor da identidade cultural da Hungria contra a imigração muçulmana e um protetor dos valores cristãos contra a “ideologia de gênero e LGBT” e o liberalismo ocidental.

    Nos últimos 12 anos, o governo húngaro redefiniu o casamento como a união entre um homem e uma mulher na Constituição e limitou a adoção para homossexuais e os direitos dos transexuais.

    Assim, por diversas vezes Orbán entrou em conflito com outros líderes da União Europeia, sendo criticado também pela repressão das instituições democráticas, incluindo organizações cívicas, os meios de comunicação social e as instituições educativas.

    Críticos dizem que o governo do líder de extrema direita húngaro reforçou o controle sobre os meios de comunicação estatais, incluindo os meios de radiodifusão, os transformando em porta-voz de sua administração.

    Além de Jair Bolsonaro, Orban é aliado de Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos.

    *com informações da Reuters

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