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    Quem é Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina?

    Em cargos de liderança há duas décadas na Palestina, Abbas tem histórico de relações instáveis com Israel, Estados Unidos e o grupo radical islâmico Hamas

    Da CNN em Espanhol

    Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, é uma das autoridades políticas envolvidas no conflito entre Israel e o Hamas.

    O Abu Mazen, como é conhecido na região — “Abu” é uma gíria usada para descrever um pai ou chefe de família — tem uma trajetória que nasce na militância pela autonomia palestina e chega a diferentes posições de autoridade no território.

    No centro de sua atuação, conflitos diplomáticos e uma relação atribulada com o grupo radical islâmico.

    Quem é Mahmoud Abbas?

    Nascido em 1935 em Safed, na Palestina, Mahmoud Abbas é casado e teve três filhos — um deles, Mazen, morreu em 2002.

    Sua família deixou a área de Safed para se refugiar na Síria em 1948, quando ele tinha 13 anos. Com o passar dos anos, lecionou no Ensino Fundamental e se formou em Direito.

    Em 1959, foi membro fundador do Movimento de Libertação Nacional da Palestina, que se tornou a principal força política da Organização de Libertação da Palestina (OLP), entidade à qual se juntou na década de 1960. Em 1968, ingressou no Conselho Nacional Palestino (PNC).

    Veja também: Em meio à guerra, presidente da Autoridade Palestina diz: “Não sairemos”


    Após uma longa trajetória de militância, se tornou um ator importante, na década de 1990, da negociação entre a Palestina e grupos de paz israelenses.

    Tornou-se Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina, seu primeiro cargo de representação formal no território, em 2003.

    No mesmo ano, se reuniu com o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e os líderes de Egito, Arábia Saudita, Jordânia e Bahrein para tratar de negociações de paz entre Israel e Palestina.

    Em novembro de 2004, assumiu a presidência da Organização de Libertação da Palestina. Dois meses depois, venceu as eleições presidenciais na Palestina.

    Em 2006, apelou ao então líder do Hamas, Ismail Haniya, pela formação de um governo de coalizão na Palestina. Em junho do ano seguinte, Abbas dissolveu esse governo e destituiu Haniya da função de primeiro-ministro. O líder da organização extremista se recusou a deixar o posto e seguiu exercendo uma posição de liderança de fato em Gaza — região ainda hoje controlada pelo grupo.

    Em 2009, citou uma cláusula da Constituição local para prorrogar seu mandato. Meses depois, o Conselho da OLP vota para que Abbas se mantenha na presidência sem prazo definido.

    Após quatro anos da ruptura com o Hamas, negocia formalmente um acordo de reconciliação com o líder dos extremistas, Khaled Meshaal.

    Em 2011, apresenta à Organização das Nações Unidas (ONU) uma solicitação formal pela criação do Estado da Palestina. Os anos se passam sem que a iniciativa suceda — em 2014, a ONU rejeitou o apelo de Abbas. O mandatário pediu para ingressar no Tribunal Penal Internacional, para poder apresentar queixas de crimes de guerra contra Israel.

    Documentos soviéticos obtidos pela CNN em 2016 revelaram que Abbas, que concluiu seu Doutorado em Moscou na década de 1980, era um agente da KGB, agência de espionagem russa. Líderes palestinos classificaram a informação como uma “campanha de difamação”.

    Em 2018, durante discurso na inauguração do Conselho Nacional Palestino, disse que o Holocausto não foi impulsionado pelo antissemitismo, mas pelas atividades financeiras dos judeus na Europa. Dias depois, se desculpou pela declaração.

    Em 2020, no Conselho de Segurança da ONU, rejeitou um plano de paz para o Oriente Médio apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Antes, havia classificado a proposta como uma “conspiração” e dito que os direitos da Palestina “não estão à venda”.

    Veja imagens do conflito entre Israel e Hamas

    No mesmo ano, anuncia o fim dos acordos assinados com os governos de EUA e Israel, após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarar a soberania do país sobre territórios da Cisjordânia.

    Desde o início do mês, se vê como componente do conflito entre Israel e Hamas. Mahmoud Abbas afirma que os ataques terroristas da entidade “não representam o povo palestino”. Na última semana, ele cancelou uma reunião com o presidente dos Estados UnidosJoe Biden, após o ataque ao Hospital Batista Al-Ahli.

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