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    Quem é Emmanuel Macron, presidente francês favorito à reeleição

    Eleitores da França irão às urnas neste domingo (10); segundo turno é cenário provável

    Renata Souzada CNN , em São Paulo

    O presidente francês, Emmanuel Macron (República em Marcha), de 44 anos, é favorito a vencer a segunda disputa presidencial de sua vida, segundo indicam as pesquisas de intenção de voto. Macron pode ser o primeiro chefe de Estado reeleito na França em 20 anos. As eleições acontecem neste domingo (10).

    Antes de concorrer, e vencer, as eleições de 2017, Emmanuel Macron era banqueiro de investimentos. Ele é formado por escolas de elite do país.

    Segundo o Instituto Ifop, em 6 de abril, o presidente Macron liderava a corrida, com 27% das intenções de voto. A candidata da extrema-direita Marine Le Pen vinha em seguida, com 23,5%.

    Caso a projeção se concretize, os franceses irão às urnas novamente no dia 24 de abril, escolher entre os dois candidatos mais votados.

    Apesar de ter sido membro de partidos de esquerda em sua juventude, Macron é considerado um político de centro. Com base nesse posicionamento, um ano antes da sair vitorioso para presidente da República, fundou o partido “La République En Marche” (República em Marcha).

    “Não importa se eles vêm da esquerda, da direita, do centro, da ecologia ou de qualquer outro lugar: tudo o que conta é nosso desejo comum de progresso a serviço do interesse geral”, define o próprio movimento.

    Segundo informações do partido, pelo menos 400 mil membros compõem a organização atualmente.

    Histórico

    Nascido na cidade de Amiens, no interior da França, o atual presidente cursou Filosofia e formou-se em 2004 na Escola Nacional de Administração (ENA). Trabalhou por quatro anos na Inspetoria Geral de Finanças (IGF), antes de ingressar no setor bancário.

    Entre 2012 e 2014, atuou como Secretário-Geral Adjunto da Presidência da República. De 2014 a 2016 foi ministro da Economia, Indústria e Digital.

    Ainda jovem, aos 16 anos, se apaixonou por Brigitte Trogneux –sua então professora de teatro, 24 anos mais velha. Apesar das controvérsias familiares e sociais geradas pelo romance improvável, Macron e Brigitte estão juntos desde então.

    “Minha base, meu refúgio. Nossos filhos e enteados, e nossos sete netos”, diz o presidente sobre a família no site oficial do governo.

    Primeiro mandato

    Assim como para todos os líderes mundiais nos últimos dois anos, a pandemia da Covid-19 foi um dos principais desafios do mandato de Emmanuel Macron. Entre idas e vindas de lockdowns, medidas sanitárias, exigências de máscara e implementação da campanha de vacinação, o presidente enfrentou a ira da oposição.

    Antes da crise sanitária, ainda no início do mandato, uma onda de protestos invadiu a França. O movimento dos “coletes amarelos” levou milhares de pessoas às ruas, engatilhado por uma medida de Macron que aumentou o preço do diesel, no fim de 2018.

    Para este ano, Macron teria se recusado a debater com opositores e investido pouco em campanha. Ainda assim, se manteve firme em primeiro lugar nas pesquisas, embora com um eventual segundo turno possivelmente mais disputado do que em 2017.

    Dentre as propostas da campanha atual, o presidente anunciou a promessa de aumento da aposentadoria para os 65 anos, reformas no seguro-desemprego e mercado de trabalho, relançamento de reatores nucleares, além de investimento em energia ecológica e objetivo de alcançar a neutralidade carbônica até 2050.

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