‘Quanto corpos?’, questionou manifestante assassinado por policiais em Mianmar
Manifestante cobrou um posicionamento das Nações Unidas sobre o golpe militar e a repressão


O engenheiro de rede de internet Nyi Nyi Aung Htet Naing expressou a sua indignação com a repressão militar cada vez mais intensa nos protestos pró-democracia em Mianmar por meio de uma publicação no Facebook. “#De_Quantos_Corpos_A_ONU_Precisa_Para_Tomar_Uma_Ação”, questionou ele, antes de ser morto pela polícia neste domingo (28).
Naing foi um dos primeiros mortos a tiros, disparados pela polícia, na maior cidade de Mianmar, Yangon, neste domingo, o dia mais sangrento desde o golpe de 1º de fevereiro. O país convive com protestos diários contra a junta e exigindo a libertação da líder eleita Aung San Suu Kyi.
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas disse que pelo menos 18 pessoas foram mortas e 30 ficaram feridas neste domingo, elevando o número total de manifestantes mortos desde o golpe para pelo menos 21. O Exército diz que um policial morreu nos protestos.
As autoridades não responderam aos pedidos de comentários sobre a violência deste domingo.