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    “Quando a esperança na paz desaparece, o desespero prevalece”, diz Amorim à CNN

    Chefe da assessoria internacional da Presidência diz não ver chances de retomada do processo de paz entre Israel e Palestina

    Daniel Rittnerda CNN , em Brasília

    O chefe da assessoria internacional da Presidência da República, Celso Amorim, disse não ver chances de retomada do processo de paz entre Israel e Palestina no curto prazo.

    Em conversa com a CNN, ele condenou os ataques a Israel, mas também chamou atenção para a postura do governo Benjamin Netanyahu nos últimos anos.

    “Quando a esperança [em um processo de paz] desaparece, o desespero acaba prevalecendo”, disse Amorim, em referência a políticas do governo Netanyahu em Israel, como a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia.

    “Não diminui em absolutamente nada a agressão [contra Israel], obviamente vamos condenar ações contra civis, mas é preciso levar em conta que, enquanto os palestinos tinham alguma esperança na paz, não ocorreu. Não podemos ver isso como um fato isolado.”

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    Amorim fez questão de ressaltar que essa não é apenas sua análise pessoal. “Ehud Olmert [ex-primeiro-ministro de 2006 a 2009], pensadores importantes, o jornal Haaretz tendem a atribuir primordialmente o que aconteceu ao governo Benjamin Netanyahu”, acrescentou Amorim.

    Para ele, o mais relevante neste momento é conclamar à autocontenção, para evitar uma escalada no conflito. “Os países da região precisam atuar diretamente nesse exercício de exortar à autocontenção”.

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    O assessor internacional disse que não vê o Brasil, apesar da condição de presidente do Conselho de Segurança da ONU em outubro, como protagonista neste momento.

    Não descartou algum tipo de atuação mais forte, mas deixou claro que o país não se ofereceu. “Se alguém quiser nos consultar, o nosso telefone é conhecido”, afirmou.

    “Para falar a verdade, não prevejo que a retomada do processo de paz possa ocorrer no curto prazo. O importante é preparar o médio e o longo prazo. Não podemos ver isso como um fato isolado”, repetiu.

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