Qual é a situação de segurança em Israel?
Israel foi alvo da maior ação militar executada contra o país desde a guerra do Yom Kippur, na década de 1970
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Acredita-se que o Hamas esteja abrigando no subsolo um número considerável de combatentes e armas • Reuters
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O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro quando o grupo extremista islâmic disparou uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza sobre o país judaico. A ofensiva contou ainda com avanços de tropas por terra e pelo mar • Reuters
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Foguetes disparados em Israel a partir de Gaza • REUTERS/Amir Cohen
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Após os ataques aéreos, o Hamas avançou no território israelense e invadiu a área onde estava acontecendo um festival de música eletrônica; mais de 260 corpos foram encontrados no local • Reprodução CNN
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Carros foram deixados para trás pelos motoristas que tentavam fugir do grupo extremista islâmico • Reuters
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Imagens mostram carros abandonados e sinais de explosões após ataque em festival de música eletrônica em Israel • Reuters
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As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de refugiados. Israel declarou "cerco total" e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino • 13/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
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Destruição em campo de refugiados palestinos em Gaza após ataque aéreo de Israel • Reuters
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Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza • 09/10/2023 REUTERS/Mahmoud Issa
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Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em Gaza • Reuters
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Prédios destruídos na Faixa de Gaza • Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Escombros de prédio destruído após sataques em Sderot, no sul de Israel • Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
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Delegacia destruída no sul de Israel após ataque do Hamas • REUTERS/Ronen Zvulun
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Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na Cisjordânia • Anadolu Agency via Getty Images
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As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza • Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros tentaram apagar incêndios em Israel após bombardeio de Gaza no sábado (7) • Reuters
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Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado (7) • CNN
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Veja como funciona o sistema antimíssil de Israel • CNN
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Ataque israelense na Faixa de Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Imagens se satélite mostram destruição na Faixa de Gaza • Reprodução/Reuters
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023. • Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023. • Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Barco de pesca pega fogo no porto de Gaza após ser atingido por ataques de Israel. • Reuters
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios destruídos por Israel em Gaza • 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel • 09/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Soldados israelenses carregam corpo de vítima de ataque realizado por militantes de Gaza no kibbutz de Kfar Aza, no sul de Israel • 10/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
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Destruição em Gaza provocada por ataques israelenses • 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Ataque israelense na Faixa de Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza • 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
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Munição israelense é vista em Sderot, Israel, na segunda-feira • Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
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Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Chamas e fumaça durante ataque israelense a Gaza • 09/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
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Sistema antimísseis de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza • 09/10/2023REUTERS/Amir Cohen
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Hospital na Faixa de Gaza usa geladeiras de sorvete para colocar cadáveres devido à superlotação do necrotério • Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Fumaça sobe após um ataque aéreo israelense no oitavo dia de confrontos na Faixa de Gaza, em 14 de outubro de 2023 • Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
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Homem palestino lava as mãos em uma poça ao lado de um prédio destruído após os ataques israelenses na Cidade de Gaza • Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Embaixada dos EUA no Líbano é alvo de protestos • Reprodução CNN
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Palestinos protestam na Cisjordânia contra ataques de Israel
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Hospital em Gaza é atingido por um míssil • Reprodução
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Hospital atacado em Gaza • Reprodução
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Palestinos procuram vítimas sob escombros de casas destruídas por ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza • 17/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Cidadã palestina inspeciona sua casa destruída durante ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 17 de outubro de 2023 em Khan Yunis • Ahmad Hasaballah/Getty Images
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Tanque de guerra israelense • Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Ataque de Israel contra Gaza • 11/10/2023REUTERS/Saleh Salem
O ataque terrorista do grupo radical islâmico Hamas a Israel no sábado (7) mostrou que houve uma falha no sistema de inteligência do país, considerado um dos mais sofisticados do Oriente Médio.
Israel foi alvo no sábado (7) da maior ação militar executada contra o país desde a guerra do Yom Kippur, na década de 1970.
O ataque aconteceu no “sábado da paz”, quando os judeus descansam após seis dias de trabalho, e é considerada data “sagrada” no judaísmo. Os bombardeios também aconteceram horas depois do último dia da celebração judaica Sucot.
Após os ataques, o gabinete de segurança de Israel declarou estado de guerra no domingo (8). “A guerra foi imposta ao Estado de Israel num ataque terrorista assassino a partir da Faixa de Gaza no sábado (7)”, afirmou o comunicado do governo.
Como é a segurança no país?
Um levantamento do IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos), da Inglaterra, mostrou que Israel investiu US$ 24,3 bilhões (cerca de R$ 125 bilhões) na Defesa em 2021.
O país conta com equipamentos modernos, capazes de identificar e abater mísseis inimigos sobre o território. E também é um dos poucos do mundo que conta com armamento nuclear.
Vladimir Feijó, analista internacional, formado em relações internacionais, doutor em direito internacional e professor da Faculdade Arnaldo, explica que a segurança em Israel tem como braço do Estado uma responsabilização dividida em três partes.
“A central de polícia de Israel é simultaneamente polícia ostensiva e judiciária, sendo responsável pelo patrulhamento de trânsito, polícia comunitária, além da investigação e inteligência”, diz.
“É considerada bastante eficiente, o índice de criminalidade de Israel é baixo e em parte disso também se dá pelo apoio que a central de polícia conta com a guarda civil uma um braço específico com efetivo de 7 mil integrantes que fazem trabalhos específicos de polícia de fronteira e um policiamento de combate ao terrorismo e resgate a reféns”, afirma Feijó.
Segundo o professor, um segundo braço histórico são aqueles membros da Força de Defesa de Israel (FDI), Exército, Marinha e Aeronáutica e conta com um efetivo de 170.000, além dos reservistas que passam de 465.000 — sendo que 360.000 desses já foram convocados para a guerra.
“Além disso, o país tem um bom orçamento para comprar armas de países que têm tecnologia de ponta”.
Recentemente o governo de Israel aprovou a criação de uma Guarda Nacional, colocada nas mãos do Ministro da Segurança Pública e agora também ministro de segurança nacional, Itamar Ben-Gvir, e líder do partido de extrema-direita israelense Otzma Yehudit.
“Esse grupo foi criado especificamente para combater organizações criminosas de origem árabe, é uma milícia privada colocada nas mãos de uma pessoa já condenada por apoiar grupos terroristas, racistas, xenofóbicos, anti qualquer população que não seja judaica e bastante focado em ampliar espaço para assentamentos de colonos na Cisjordânia”, disse.
“Essa nova entidade ainda não está plenamente posta, a sua guarnição, o seu tipo de armamento e o seu funcionamento ainda são objeto de bastante dúvida sobre o que ele é”, afirma.
Domo de Ferro
Desde que Israel se retirou de Gaza em 2005, gastou bilhões de dólares para proteger sua fronteira contra ataques. O sistema desde então tem atingido qualquer arma disparada de dentro de Gaza para Israel e impedido os terroristas de tentarem cruzar a fronteira por via aérea ou subterrânea, usando túneis.
Para impedir os ataques com foguetes, Israel usou o Domo de Ferro, um sistema antimíssil que intercepta foguetes, desenvolvido com a ajuda dos Estados Unidos.
Israel também gastou centenas de milhões de dólares na construção de um sistema de fronteira inteligente com sensores e paredes subterrâneas que foi, segundo a Reuters, concluído no final de 2021.
As autoridades israelenses quase certamente analisarão onde esses sistemas falharam neste sábado. Durante a manhã, Israel disse que o Hamas havia disparado 2.200 foguetes, embora não tenha divulgado números sobre quantos deles foram interceptados. As autoridades não comentaram se a cerca da fronteira fez o seu trabalho.